O colunista Leo Dias, do Metrópoles, divulgou no último fim de semana o caso de Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, acusado de espancar a ex-mulher e mãe da sua filha de 9 meses, Pamella Holanda. Ivis foi encaminhado à delegacia, porém não foi preso. As acusações revelam que Iverson teria a agredido fisicamente e estrangulado no dia 1º de julho e a ameaçado com uma faca. Para completar, a jovem acusa o DJ de tirar todo o dinheiro da casa, a deixando sem condições de arcar com as despesas da filha.
Pamella divulgou nas suas redes sociais vídeos gravados por câmera de segurança interna que mostram DJ Ivis, a agredindo brutalmente na frente da filha e de outras duas pessoas. As imagens viralizaram nas redes e várias pessoas demonstraram apoio à vítima. O DJ, por sua vez, mesmo sendo criticado inclusive por vários artistas, segue ganhando seguidores nas redes sociais. Seu perfil no instagram, por exemplo, conta neste momento com 959 mil seguidores, número superior ao que era antes do caso ganhar repercussão. O machismo enraizado torna homens como DJ Ivis e o goleiro Bruno, por exemplo, em heróis injustiçados.
A pandemia, inclusive, foi um fator que contribuiu para o agravamento dos casos, uma vez que, a necessidade de manter o isolamento social para conter a disseminação da Covid-19, fez com que muitas mulheres passassem a estar cada vez mais presas a seus agressores. Um levantamento recente do Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indicou que caiu a violência na rua e aumentaram as agressões dentro de casa. Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, durante a pandemia de Covid. Isso significa que cerca de 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano.
O Sindsaúde/RN repudia veemente TODO tipo de violência contra a mulher e reitera que o combate ao patriarcado e ao machismo é um dever de todos. Basta! Estamos cansadas. Violência doméstica é crime! Violência contra mulher é crime. Quantas mais precisarão morrer? Mulheres, não se calem, amor não machuca. Denunciem! Disque 180 (Central de atendimento à mulher).