Será dia 24 de julho a próxima mobilização nacional para colocar pra Fora Bolsonaro. A data foi anunciada nesta terça-feira (22) após reunião de entidades, partidos e movimentos sociais que integram a ampla campanha.
Entre as principais pautas estão a saída do presidente, aceleração da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e fim da violência policial.
Segundo o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, é muito importante a ampla unidade na convocatória do 24 de julho. “O acúmulo e o êxito dos dois dias de lutas anteriores poderiam até permitir que se tentasse uma data antecipada, mas o que se valorizou na reunião foi a marcação de uma data unitária”, afirmou.
Ampliando a adesão em relação às manifestações realizadas em 29 de maio, os protestos deste 19J se espalharam de norte a sul do país, registrando desde ações simbólicas com dezenas e centenas de pessoas em cidades de pequeno porte, a atos com dezenas de milhares de manifestantes nas capitais e grandes cidades. Essa ampliação da luta indica que a indignação com o governo Bolsonaro tem crescido a cada dia e levado centenas de milhares às ruas.
A coordenação da campanha anunciou que ocorreram 427 atos em 366 cidades do Brasil 19J. Além disso, houve protestos em 42 cidades do exterior em 17 países. Foram contabilizadas 750 mil pessoas nas ruas por Fora Bolsonaro. A data foi marcada pelo trágico número de meio milhão de mortos oficialmente no Brasil, fruto da política genocida do governo.
No dia de mobilização de 20M havia acontecido 227 atos em 210 cidades brasileiras e 14 cidades no exterior, com um total em torno de 420 mil pessoas.
Novamente, o uso de máscaras, álcool em gel e orientação para buscar manter o distanciamento social foram a marca de todos os protestos.
Atnágoras também ressaltou a relevância do tema apresentado pela CSP-Conlutas na reunião, desde reuniões anteriores, que é a necessidade de preparação de uma greve geral sanitária. “Acredito que mais importante foi o debate em que defendemos não somente às Centrais Sindicais, mas para que politicamente os partidos, as organizações dos movimentos presentes, ali indicassem a necessidade da construção da Greve Geral, que também foi apontada por outras centrais”.
Um dia anterior ao 19J, as Centrais Sindicais já haviam feito um dia de assembleias e paralisações nos locais de trabalho para fortalecer essa mobilização conjunta. “A expectativa é construir a Greve Geral Sanitária nesse processo para ferir de morte o capital na produção e circulação de mercadoria e permitir a aceleração da derrubada do governo”, reforçou o dirigente da CSP-Conlutas.
A CSP-Conlutas se mantém nas ruas com a bandeira por Fora Bolosnaro e Mourão, já.
Entre os que compõem a ampla campanha por Fora Bolsonaro estão as frentes Povo Sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, partidos políticos como PT, PCdoB e PSOL e PSTU, as Centrais Sindicais e movimentos sociais e estudantil.
A próxima reunião será a 5ª Plenária Nacional das Lutas Populares que será realizada no ambiente virtual, no dia 1º de julho, às 18 horas. A inscrição pode ser feita através do link https://bit.ly/3zNxaJh