Dizem que a arte imita a vida, mas será que a enfermagem não se transforma em arte quando se fala em salvar vidas? Em meio à pandemia, os trabalhadores e trabalhadoras da enfermagem têm feito verdadeiros malabarismo diante das condições precárias de trabalho, da falta de EPI's, da falta de valorização profissional e salários rebaixados. Os profissionais da enfermagem apesar de terem se destacado na linha de frente no combate ao novo coronavírus, não são heróis e heroínas. São trabalhadores reais, com histórias de verdade e merecem todo o nosso respeito.
No Dia Internacional da Enfermagem, comemorado nesta quarta-feira, 12, queremos homenagear esses trabalhadores da saúde que mesmo enfrentando jornadas exaustivas, esgotamento físico e psicológico, medo e sobrecarga de trabalho, não deixam de lutar por condições dignas. Hoje, a data será marcada pela forte mobilização nacional da categoria em apoio ao PL 2564/2020, que cria um piso nacional e jornada de 30h para enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares.
A luta em defesa de um piso nacional já dura mais de 30 anos e, finalmente, o projeto de lei encontra-se no Senado Federal para ser aprovado. De acordo com o projeto, o piso salarial do enfermeiro passaria a ser de R$ 7.315,00 mensais; enquanto o piso do técnico de enfermagem seria de R$ 5.120,50. Já o auxiliar teria o valor fixado em R$ 3.657,50. Os valores referem-se a jornada de 30h semanais.
Essa luta não é apenas por um piso salarial. É uma luta pela dignidade. Essa luta não é só para garantir direitos, é para garantir uma saúde pública de qualidade para a população. Portanto, neste dia 12 de maio, que abre a semana da enfermagem, nós do Sindsaúde/RN queremos homenagear esses trabalhadores e trabalhadoras que dão o suor e a vida para salvar outras vidas. Não queremos romantizar a data e criar esteriótipos de que esses profissionais fazem isso apenas por amor à profissão. O amor existe, mas não pode ser o único meio de valorização. Além do amor, os profissionais da enfermagem merecem respeito e dignidade. Merecem salários dignos, condições de trabalho e direitos.