Criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, o Dia Mundial da Saúde representa a preocupação de seus integrantes em manter o bom estado de saúde das pessoas em todo o mundo, e também alertar sobre os principais problemas que podem atingir a população mundial. De acordo com o conceito definido pela OMS, "a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".
O Dia Mundial da Saúde é comemorado em 7 de abril desde 1950. Este é o segundo ano em que a data é celebrada durante a crise sanitária mundial do coronavírus e hoje temos dados ainda mais assustadores que no ano passado. Não só o aumento no número de casos confirmados e mortos, mas também, o processo demorado de vacinação, as graves crises de abastecimento nos hospitais, a crise na gestão da saúde pública e o esgotamento físico e mental dos trabalhadores da saúde, demonstram que, neste momento, não há absolutamente nada para se comemorar.
No nosso país, o governo genocida e criminoso de Jair Bolsonaro (Sem Partido) sempre representou uma ameaça à saúde da população. A pandemia evidenciou o descaso e a falta de investimento na área, bem como, todas as tentativas de inviabilizar a vacinação e a disseminação de notícias falsas envolvendo o uso milagroso de medicamentos sem comprovação científica, uso este, que resultou na morte de algumas pessoas e colocou várias outras na fila de transplantes. Todos estes fatos, consecutivos, contribuem exatamente ao oposto do que definiu a OMS ainda em 1950 quando criou a data.
Em Natal não foi muito diferente. A gestão de Álvaro Dias (PSDB) pregou não só a distribuição e uso de medicamentos sem comprovação científica, como flexibilizou decretos e agiu contra a definição de lockdown na cidade desde o início da pandemia. Defendendo sempre os direitos e vontades dos empresários, o prefeito de Natal nunca se importou em deixar claro que no seu governo o lucro está acima das vidas e nem mesmo o colapso de praticamente 100% nos hospitais da cidade foi capaz de mudar seu modus operandi.
Quando o assunto é seguir a vontade dos grandes empresários, o governo Estadual de Fátima Bezerra (PT) também não ficou atrás. Foram uma série de decretos nada contundentes para o controle da covid-19, sem contar as inúmeras flexibilizações que reduziam os decretos praticamente a nada. Abriram o comércio, as escolas, academias, igrejas e, com isso, o discurso de contenção da pandemia tornou-se não só vazio, mas também, hipócrita.
Nós, do Sindsaúde/RN, gostaríamos de estar comemorando amanhã, (7), um Dia Mundial da Saúde diferente. Com mais pessoas vacinadas, sem superlotação nos leitos de UTI no Estado e no Brasil e com melhores condições de trabalho para os profissionais que foram capacitados para garantir nossa saúde. No entanto, como não é possível e a situação se agrava a cada dia, te convidamos a encarar esta data como mais uma oportunidade de luta, contra os desgovernos e o sucateamento do SUS. Não nos calaremos, pois, juntos somos mais fortes! Por uma saúde mundial verdadeiramente digna como determina a OMS.