"São as pessoas que se sentem à vontade para sair porque acham que (se pegarem covid-19) só vão perder paladar e olfato, e acabam perdendo a vida",declarou o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
A aproximação do feriado da semana santa traz consigo uma preocupação que agora já faz parte dos nossos dias. As festas clandestinas e aglomerações, promovidas principalmente por jovens, infelizmente já são características desses períodos e foram noticiadas desde as comemorações de fim de ano até o carnaval. Os resultados da falta de senso coletivo já podem ser sentidos e preocupam médicos e especialistas. O que se sabia sobre a Covid-19 atingir mais gravemente idosos e pessoas com comorbidades caiu por terra e hoje o que se nota são UTIs lotadas de pessoas cada vez mais jovens.
É fato que com o organismo geralmente mais forte do que o de idosos, os mais jovens resistem melhor aos procedimentos que têm sido realizados nas Unidades de Terapia Intensiva, como ventilação mecânica e hemodiálise. No entanto, como consequência, também acabam ocupando os leitos por muito mais tempo. Em entrevista coletiva no dia primeiro de março, o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que a média de ocupação de UTIs em São Paulo passou de 7 a 10 dias por paciente para 14 a 17 dias "no mínimo".
No Rio Grande do Norte, o crescimento no número de pessoas com menos de 60 anos em leitos de UTI foi de 60% entre dezembro e fevereiro. Por este motivo, os cientistas do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) recomendaram nesta segunda-feira (29) que o governo do RN prorrogue até o próximo domingo (4) o atual decreto de isolamento social rígido que tem validade até o dia 2 de abril.
A medida busca inibir a realização de festas clandestinas e assim conter o avanço da pandemia e seus impactos negativos, sobretudo nos jovens. O Sindsaúde/RN reitera, no entanto, a necessidade do governo Estadual e Federal oferecerem as condições necessárias para que as pessoas consigam se manter em casa, ou seja, o pagamento do auxílio emergencial para custear as despesas de quem precisa. Pela vida dos jovens (e de todos) exigimos medidas de lockdown mais rígidas e auxílio emergencial para todos!
Nenhum direito a menos! Nenhuma vida a menos!