O Brasil se aproxima da triste marca de quase 288 mil mortos pela covid-19. Infelizmente, para o governo genocida de Bolsonaro, essas vidas são meramente números que não merecem as lágrimas e a dor do luto. A crise sanitária no nosso país é avassaladora, ainda mais agora quando surgem novas variantes do novo coronavírus que apresentam um poder de contaminação muito maior, implicando assim no aumento desenfreado do número de infectados e de mortos. Conforme as informações oficiais, no mundo já são mais de 2,6 milhões de mortos e mais 121 milhões de infectados pela Covid-19 em 188 países.
Em meio a todo esse caos, o governo criminoso de Bolsonaro, Mourão e de seus cúmplices em governos estaduais e prefeituras aplicam políticas insuficientes e inexistentes. Sem vacinação em massa, sem auxílio emergencial e sem medidas eficazes de isolamento social/lockdown com renda, a população brasileira enfrenta o pior momento da pandemia. Para confirmar o desastre que é o governo Bolsonaro, na última segunda-feira (15), mais um ministro da saúde caiu. Pazuello saiu no momento mais grave da pandemia no Brasil, com descontrole no crescimento de casos, mortes e colapso nos hospitais. Nos últimos dias, a média de mortes tem se aproximado de 3 mil.
A governadora Fátima Bezerra (PT), apesar de não reproduzir o negacionismo de Bolsonaro, tem adotado medidas muito limitadas no terreno do combate sanitário e reproduz a submissão à pressão empresarial e do capital pelo lucro. Mesmo com o aumento desenfreado de contaminação e de internações, não se aplica o lockdown no Estado, política defendida pelo Sindsaúde/RN e diversas entidades do movimento sindical. Assim, pouco têm se diferenciado dos governos da direita tradicional como o de João Doria (PSDB), em São Paulo.
Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) faz coro com o presidente Bolsonaro e se empenha na política genocida, privilegiando tratamentos ineficazes e que por tabela provoca o caos nas UPA’s e refletindo no aumento no número de mortes. Além disso, é contra o lockdown e o fechamento de bares e restaurantes.
Para o Sindsaúde/RN, os trabalhadores da saúde e a população em geral estão vivendo no limite. A cada dia, colecionamos mais histórias tristes de óbitos de familiares, amigos e conhecidos que morreram pela Covid-19. Nesse contexto, os trabalhadores da saúde têm vivido situações dramáticas além do esgotamento físico e mental provocado pelo colapso das unidades. Somos obrigados a trabalhar em situações de insegurança com restrições de EPIs, assédio moral e arrocho salarial.
É por isso que o próximo dia 24, Dia Nacional de Mobilização, que está sendo organizado por entidades do movimento sindical, popular e da sociedade civil em geral, ganha fundamental importância. Nesse contexto de caos, virou questão de vida e de morte colocar para fora o governo Bolsonaro e Mourão. É inadmissível o que esse governo tem feito com os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, que desde o ano passado enfrentam a pandemia sem condições de trabalho, sem EPI’s de qualidade. Isso chega a ser uma política consciente do governo, de jogar esses trabalhadores e a população para a morte.
Lutar contra a pandemia e em defesa da vida é lutar pelo Fora Bolsonaro e Mourão. Só assim conseguiremos garantir a vacinação imediata para toda a população, lockdown nacional com auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo para os trabalhadores e apoio financeiro aos pequenos negócios. As nossas vidas importam.