Diante dos constantes atrasos nos salários, os terceirizados e terceirizadas da empresa JMT do Hospital Walfredo Gurgel deflagraram greve nesta quinta-feira (11), para exigir o pagamento dos salários de janeiro. De acordo com a direção do Walfredo, a partir desta quinta não haverá alimentação para os servidores e acompanhantes. Isso porque a empresa é responsável pelo serviço de alimentação. Apenas pacientes terão alimentação garantida, com o efetivo de 30% funcionando. A empresa SAFE também se somará à greve nesta sexta-feira (12), paralisando os serviços de limpeza, lavanderia e maqueiros do hospital.
Além do atraso de salários, os trabalhadores terceirizados sofrem com a perda de direitos, rebaixamento salarial, assédio moral, aumento de doenças e o enfraquecimento da organização sindical. Assim como a empresa, a Sesap e o governo de Fátima Bezerra (PT) têm responsabilidade sobre estes trabalhadores e devem garantir que não sejam prejudicados. Apesar do atraso no repasse, a empresa deveria ter dinheiro em caixa e não atrasar o pagamento, tendo em vista que recebe um valor superior ao que paga os trabalhadores.
Apesar da greve atingir serviços essenciais, nós do Sindsaúde/RN apoiamos a paralisação dos terceirizados em defesa de seus salários e direitos e exigimos o pagamento imediato aos trabalhadores. Sabemos que essa situação não é culpa dos trabalhadores. A greve é o último recurso a ser adotado quando não há mais diálogo. Além de enfrentarem um momento de crise na saúde e risco de contaminação, estão com salários atrasados. É um absurdo o que estão fazendo com esses trabalhadores.