As trabalhadoras e trabalhadores da saúde ocuparam a frente da Assembleia Legislativa do RN na manhã desta quinta-feira (24). Com cartazes, faixas e palavras de ordem, as servidoras e servidores da saúde denunciaram a reforma da Previdência do governo Fátima, que voltou a ser assunto de pauta dos deputados estaduais no início dessa semana.
"Essa reforma da previdência, eu digo não, digo não, digo não não
Sou da saúde e tô na luta, contra o governo e o patrão"
O protesto desta quinta também marcou o Dia Estadual de Paralisação e Luta da Saúde aprovado em assembleia virtual. Os servidores terão outro encontro de luta no próximo dia 30, que marcam uma nova manifestação para a Governadoria.
Apesar da presença dos servidores da saúde em frente à AL, os deputados não se intimidaram e aprovaram em primeiro turno o projeto, que apesar de algumas mudanças acordadas entre a oposição e o governo, continua penalizando os trabalhadores e trabalhadoras. Com as as emendas, os servidores ativos que ganham até R$ 3.500 reais continuarão contribuindo com 11% da alíquota. No entanto, os aposentados que hoje não são taxados, terão que contribuir com a previdência a partir de R$ 3.500.
Ao todo, 23 deputados participaram da sessão que aconteceu em formato híbrido - sendo 18 presentes no plenário e outros cinco de forma virtual. Apenas dois deputados votaram contra o projeto, Allyson Bezerra (Solidariedade) e Sandro Pimentel (PSOL).
Não se negocia direitos!
Para nós do Sindsaúde/RN não se negocia direitos. A reforma é mais um ataque aos direitos históricos dos trabalhadores. Fátima e os deputados seguem a mesma política de Bolsonaro de retirar direitos e reduzir salários. Para quem está com os salários congelados há 11 anos, com salários atrasados, com progressões atrasadas, qualquer aumento na alíquota é redução. Nós não merecemos isso. Dedicamos nossas vidas ao serviço público para recebermos isso em troca.
Por isso, vamos seguir lutando contra qualquer governo que ataque e retire direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Os deputados pretendem aprovar o projeto em segundo turno na próxima terça-feira (29), não podemos aceitar! Não vamos pagar pela crise.