Na tarde desta terça-feira (15), servidores e servidoras da saúde se reuniram em uma assembleia virtual para discutir a pauta de reivindicações que foi enviada ao governo há exatos dois meses.
Após ouvirem o informe do Sindsaúde/RN a respeito da reunião com representantes do governo Fátima Bezerra (PT), na qual não houve avanço concreto em nenhum dos 18 pontos da pauta, as trabalhadoras e trabalhadores da saúde demonstraram muita revolta e indignação.
A maioria das falas denunciaram a falta de compromisso do governo com a saúde. "Estamos em uma pandemia, a saúde deveria ser prioridade", disse uma servidora. Os servidores e servidoras da saúde enfrentam duas folhas salariais atrasadas, estão há 11 anos sem reajuste salarial, estão com três progressões atrasadas, sem falar da reforma da previdência de Fátima que irá achatar mais ainda os salários, e as péssimas condições de trabalho que esses trabalhadores (as) são submetidos.
A categoria aprovou dois dias estaduais de paralisação e luta da saúde com atos de rua. O primeiro será no dia 24/09, em frente à Governadoria, em defesa do pagamento dos salários atrasados e negociação da pauta de 2020 e o segundo protesto será no dia 30/09, em frente à Assembleia Legislativa do RN, contra a reforma da Previdência de Fátima e a reforma Administrativa de Bolsonaro.
Para o coordenador do Sindsaúde/RN, essa será a resposta ao desrespeito e a falta de diálogo do governo Fátima. "Infelizmente, o governo Fátima não atendeu as nossas reivindicações. Pelo contrário, negociou nossos direitos para receber recursos do governo federal. Essa é a postura de um governo que se diz de origem popular. A saúde está esquecida e abandonada. Essa é a realidade", declarou.
Além dos dias de luta, os servidores e servidoras aprovaram a construção de uma Frente Estadual em defesa do serviço público e dos servidores que incorpore os diversos sindicatos de servidores públicos.
A assembleia também discutiu um ponto jurídico sobre a ação dos salários atrasados e referendou a execução do processo, incluindo o salário de dezembro de 2018.
Ao final, a assembleia também aprovou apoio político e financeiro aos trabalhadores dos correios em greve há quase um mês.