A greve dos trabalhadores dos Correios completa quase um mês e se enfrenta com a postura intransigente da empresa que insiste em retirar direitos. Na última sexta-feira (11), houve reunião de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), sem avanços para as reivindicações da categoria. A audiência de julgamento da greve está marcada para a próxima segunda-feira (21), e até lá a os trabalhadores prometem fortalecer a mobilização.
Iniciada em 17 de agosto, a greve dos ecetistas é contra a política do governo Bolsonaro e do presidente da empresa Floriano Peixoto que querem privatizar a empresa e retirar direitos. Os trabalhadores são contra a retirada de 70 das 79 cláusulas de acordo firmado na campanha salarial passada, que teria validade por dois anos, no entanto, a empresa acionou a justiça e conseguiu derrubar esse direito dos trabalhadores.
Todo apoio e solidariedade!
É preciso cobrir de apoio e solidariedade a greve dos correios, que em plena pandemia demonstra muita disposição de luta para enfrentar a política de ataques do governo Bolsonaro e Mourão e seu projeto de privatização das estatais do país.
Privatização é prejudicial à população
O Sindsaúde/RN declara toda solidariedade e apoio à luta dos trabalhadores dos Correios. É uma luta mais do que justa, não só pela manutenção dos direitos e empregos, mas acima de tudo em defesa desta empresa que é um patrimônio do povo brasileiro e está ameaçada pelo plano de privatização de Bolsonaro, Mourão e Paulo Guedes.
Sua privatização vai aumentar ainda mais o desemprego e deixará a população, principalmente a mais pobre, sem acesso a vários serviços. Atualmente, a entrega de encomendas já foi aberta para o setor privado. Contudo, muitas empresas acabam atrasando ou não fazendo as entregas e depois terceirizam os próprios Correios para entregar uma encomenda comprada pela internet.
Ao privatizar a estatal, Bolsonaro vai piorar o atendimento público e de qualidade à população, afinal, todos sabemos que o setor privado está apenas atrás de lucros e não do interesse social. Se avaliarem que não é lucrativo tal agência ou prestação de serviço, simplesmente vão extinguir.
Por isso, nós do Sindsaúde/RN dizemos não à privatização dos Correios. Todo apoio à greve dos trabalhadores!