Após algumas tentativas, finalmente o Secretário de Saúde, Cipriano Maia, participou da reunião de negociação com o Sindsaúde/RN para discutir a pauta de reivindicações dos servidores e servidoras da saúde do estado. A reunião por videoconferência aconteceu na última quarta-feira (09), com a participação de representantes do Governo. A pauta de reivindicações foi enviada no dia 15 de julho ao governo e, desde então, ainda não tinha sido discutida. Na reunião, também foi discutida a pauta específica dos técnicos de radiologia, tendo a presença de uma comissão.
Como já era esperado, a reunião não teve muitos avanços. Mais uma vez, a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), justificou a herança de dívidas dos governos anteriores. O mais curioso dessa "desculpa" é que a governadora apoiou e seu partido fez parte do governo de Robinson Faria (PSD). Então, se formos aceitar essa justificativa vamos ter que colocar os salários atrasados na conta da governadora.
Mas, segundo o secretário de saúde, a governadora tem um compromisso de pagar os atrasados até o final de sua gestão. Ou seja, mais dois anos, governadora? Cipriano ainda pediu respeito e disse que o sindicato usava suas redes para atacar e desrespeitar a gestão. Desculpe, secretário, mas a gente quem deveria pedir mais respeito! Os servidores da saúde, que estão na linha de frente no combate ao coronavírus, além de enfrentar duas folhas salariais atrasadas, sofrem com os salários congelados há 11 anos. Isso significa redução de salários, pois tudo aumentou.
Infelizmente, temos que concordar com Pedro Lima, da secretaria de Planejamento. Sim, nós consideramos o governo inimigo dos trabalhadores. A reforma da previdência que aumenta a idade mínima, que aumenta a contribuição previdenciária, penalizando ainda mais os servidores, é um ataque contra as trabalhadoras e trabalhadores do RN. Uma reforma pior quanto a do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Para nós do Sindsaúde/RN, a reunião de negociação serviu para reforçar que o governo Fátima não tem diálogo com os trabalhadores. Tratar com respeito esses profissionais que dedicam suas vidas para salvar outras vidas é no mínimo um direito. Direito não é favor, queremos respeito e dignidade.
Dia 15 de setembro, às 14h, vamos todas e todos participar da assembleia virtual e decidir os rumos da nossa luta!