A assembleia aprovou um primeiro calendário de mobilização para a categoria na campanha salarial. O próximo passo será a realização de reuniões e atos nos hospitais e unidades e nas regionais, para apresentar a pauta da campanha e discutir a mobilização em cada local. "Essa fase da campanha é muito importante, pois temos de ir à luta sabendo porque lutamos", diz Simone. "Nas próximas semanas, queremos que todos coloquem o adesivo e entrem na campanha. Essa disposição de luta da categoria vai ser decisiva nas negociações com o governo. Rosalba precisa saber que estamos unidos e não aguentamos mais esse salário", afirma. Uma primeira reunião já está marcada, para o dia 23, com os servidores do Hospital Santa Catarina, em Natal.
O dia 28 de maio, véspera da primeira negociação com o governo, será um dia chave na campanha. Neste dia, serão realizadas panfletagens simultâneas em todas as unidades, voltadas aos usuários. O objetivo é mostrar para a população que o descaso da saúde não é só com a falta de equipamentos e medicamentos ou na estrutura dos hospitais, mas começa nos baixos salários dos profissionais e na não realização de concurso público.
"A saúde de Natal está em calamidade. A própria diretora do Walfredo Gurgel já reconheceu que morrem 200 pessoas por mês, por falta de vagas na UTI. É como se um avião caísse todo mês ali. As pediatrias também são outro exemplo, prestes a fechar. Nossa campanha salarial é, antes de tudo, uma campanha em defesa da saúde pública", afirma Simone. O sindicato prepara ainda uma campanha de mídia, com outdoors, para mostrar a situação salarial do servidor para a opinião pública.
Após a primeira negociação com o governo, haverá um período de três semanas até a nova assembleia estadual, no dia 20 de junho, para que se tenha mais tempo de mobilizar a categoria. Nesta assembleia, além dos informes da negociação, os servidores definirão os próximos passos da campanha salarial.