O fechamento do Hospital Regional de Canguaretama completou um ano nesse sábado (25). Ao todo, 108 funcionários estavam lotados no Hospital. O fechamento causou diversos protestos de servidores e usuários em frente à unidade, pedindo respostas do Governo.
De acordo com a subcoordenadora da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa), Leila Matos, o motivo foi o elevado risco sanitário que a unidade oferecia aos pacientes. Ainda segundo a subcoordenadora, havia mofo, infiltrações e faltavam equipamentos. Infelizmente, essa é a situação de vários hospitais no estado. Muitos estão caindo aos pedaços e sem insumos. As servidoras e servidores estão com os salários defasados e ainda com duas folhas atrasadas. Sofrem ainda com a falta de EPIs e com o assédio moral.
O Hospital havia sido alertado dos riscos e da possível interdição desde abril de 2019, segundo a Sesap, quando os problemas foram identificados por meio de uma vistoria.
Esse fechamento é reflexo de anos de sucateamento da saúde pública pelos governos, que nunca priorizaram essa área. O governo Fátima Bezerra (PT/PCdoB) mantém essa política e reafirma a cada dia que é inimigo da saúde. Ao invés de ampliar o serviço, Fátima reduz leitos e fecha unidades.
Fátima não está comprometida com a regionalização dos hospitais do estado. Pelo contrário, precariza ainda mais os serviços. Por consequência, aumenta a sobrecarga de outros hospitais, como o Walfredo Gurgel. "Não vamos pagar pela crise! Os gestores devem priorizar os serviços públicos!", disse o diretor do Sindsaúde RN, Flávio Gomes.