A saúde do município de Natal sempre foi palco de descasos por parte dos sucessivos gestores, e ao longo de mais de 30 anos, o espaço de tempo aonde se lutou por estruturar o SUS, os trabalhadores e a população de Natal sempre conviveram com uma assistência precária: fechamento de serviços, redução no número de profissionais, abertura de “novos” serviços improvisados, como por exemplo, Hospital dos Pescadores e Hospital Municipal de Natal, e como não vamos deixar de mencionar, somos obrigados a conviver com o desprezo e desvalorização, com direitos sendo negados, salários defasados e ainda, somos obrigados a trabalhar, em muitos casos, debaixo do chicote do assédio moral que é uma pratica já bastante rotineira na SMS, para não dizer natural.
O prefeito Álvaro Dias, os empresários e os grandes comerciantes, nesse momento em que falta O2 na UPA da Cidade da Esperança, devem certamente se encontrar no conforto de suas casas ou apartamento de luxo, pois, estes, não precisam acessar uma das 4 UPA’s de Natal, e podem com seus recursos garantir o isolamento social de suas famílias. Porém, para a maioria dos trabalhadores a história é diferente. Muitos não conseguem manter o isolamento e precisam ir às ruas ganhar seu pão, outros não tem outra opção diante da chantagem dos grandes empresários e comerciantes a não se arriscar a própria existência em seus respectivos trabalhos diante da ameaça do desemprego.
Toda essa situação poderia está sendo evitada se a prefeitura do Natal e Governo do Estado tivessem optado pela vida de homens e mulheres de nossa cidade, e se ao longo dos anos nossa saúde pública não tivesse sido tão negligenciada com o fechamento de serviços e profissionais mal pagos. No entanto, a saúde financeira dos grandes empresários e comerciantes de Natal tem um valor maior que a vida de trabalhadores e usuários do SUS, infelizmente.
O caos que vivem as UPA’s nesse momento está ligado ao descompromisso do prefeito Álvaro Dias com a saúde e a vida da população, pois, o prefeito além de ser contra lookdowm se comporta como “curandeiro” à serviço de grandes laboratórios distribuindo medicações, cuja, a eficácia não se tem comprovação científica, e tal atitude desmedida pode custar a vida de muitos além de mostrar seu alinhamento com a política genocida do governo Bolsonaro.
Com a governadora Fátima Bezerra não é diferente. O número de trabalhadores no estado infectados crescem, a governadora a exemplo do prefeito também não recebe o sindicato e cria situações para prejudicar os trabalhadores do grupo de risco, impondo cortes ou tirando auxílio transporte de quem está na linha de frente. Seu endurecimento de medidas está mais para a categoria das Fake, enquanto negligencia servidores e servidoras com duas folhas atrasadas, e pior, ainda promovem o fechamento de duas portas de urgência Hospital: Giselda Trigueiro e hospital João Pedro Bezerra (Santa Catarina).
Toda essa situação se reflete no caos estabelecido nas UPA’s, no Hospital Municipal de Natal, Hospital de Campanha com mais leitos ocupados, mais mortes e mais trabalhadores doentes ou perdendo suas vidas. O que aconteceu na UPA da Cidade da Esperança já aconteceu no hospital de campanha e pode voltar a acontecer em outros locais de trabalho, pois Álvaro Dias se preocupa mais com a saúde dos ricos e empresários do que com a saúde da população pobre e trabalhadora que comprovadamente está pagando com a própria vida a irresponsabilidade dos governos.
NOSSAS VIDAS IMPORTAM! LOOKDOWM JÁ!