O Sindsaúde RN elaborou um protocolo de mediação entre o Sindicato e a Federação dos Municípios do RN (FEMURN), solicitando o pagamento dos 40% de insalubridade aos trabalhadores da assistência e 20% aos setores administrativos, e também, a garantia de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) suficientes para todos os profissionais da saúde dos municípios do Rio Grande do Norte. Além disso, enviamos ofícios aos municípios, fazendo essas reivindicações, como Santana do Matos, Bento Fernandes, Touros, Extremoz, Canguaretama, São Gonçalo do Amarante, Macau.
De acordo com balanço do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o Brasil registra, até a quarta-feira (15), 30 mortes de profissionais da saúde pela Covid-19. Há mais de 4 mil profissionais afastados pela doença. São 552 com diagnóstico confirmado e mais de 3, 5 mil em investigação. Ainda segundo o Coren, já são mais de 4, 5 mil denúncias por falta de EPIs.
O último boletim epidemiológico elaborado pela Sesap/RN registrou 28 óbitos pelo novo coronavírus e 608 casos confirmados. No entanto, não divulgou o número de profissionais de saúde infectados pelo vírus.
O Hospital Municipal de Natal recebeu, na madrugada de domingo (19), o primeiro paciente com Covid-19. Mesmo diante desse cenário, o prefeito Álvaro Dias permanece com suas políticas insuficientes de enfrentamento à pandemia.
O Município não paga a insalubridade dos servidores da saúde nem garante EPIs suficientes. Além disso, as unidades estão com estrutura física precária e muitas não têm sequer material básico de higiene.
Além disso, os profissionais são alvo de assédio moral e, devido à alta sobrecarga de trabalho, têm sua saúde mental prejudicada. A angústia e a tensão de contrair o vírus devido à incompetência dos gestores é recorrente.
Devido a muita pressão do Sindicato, o governo do Estado vai pagar os 40% de insalubridade para os profissionais da saúde da área da assistência. Reforçamos que os prefeitos também devem garantir esse direito aos profissionais da saúde. Como também EPIs suficientes para toda a categoria.
O Sindsaúde orienta que os profissionais que estiverem sem EPIs se recusem a trabalhar. Essa norma está prevista no código de ética da enfermagem.