A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou no dia 23 de março para idosos e profissionais da saúde. No entanto, só estão sendo aplicadas vacinas, em alguns hospitais, em profissionais que têm registro profissional.
No Hospital Walfredo Gurgel, por exemplo, os terceirizados, como maqueiros, profissionais da higienização, nutrição e manutenção, e outros trabalhadores que não têm registro, como auxiliares de farmácia e de laboratório, não podem receber a imunização.
A campanha de vacinação foi antecipada este ano devido à pandemia do novo coronavírus. A vacina não é eficaz contra vírus causador da Covid-19, apenas contra a influenza. Como os sintomas dessas doenças são parecidos, a vacina pode ajudar profissionais da saúde no diagnóstico da Covid-19.
Os profissionais da saúde estão na linha de frente no combate à pandemia. Devido à alta exposição, eles estão entre os grupos que mais contraem o vírus.
As vacinas, como fazem parte da atenção básica, são responsabilidade dos Municípios. Cabe a este fazer a distribuição. No entanto, o Governo do Estado tem de cobrar a quantidade de doses e os hospitais têm de garantir políticas para imunizar todos os seus profissionais.
A pandemia de Covid-19 expõe a situação dramática da saúde no Rio Grande do Norte. Além do governo não garantir os equipamentos de proteção adequados para todos os servidores nem a vacina contra a gripe, eles estão com duas folhas salariais atrasadas e sem receber a insalubridade. O governo Fátima Bezerra (PT/PCdoB) também recorreu no Tribunal de Justiça à decisão que afasta profissionais da saúde que estão no grupo de risco.
O Sindsaúde exige que todos os trabalhadores da saúde sejam vacinados contra a gripe, independentemente de registro profissional. Exigimos também que o governo pare de por em risco a saúde da categoria. Para combater a pandemia é preciso valorizar os profissionais da saúde e fortalecer os serviços públicos.