O Sindsaúde RN vem por meio desta nota prestar solidariedade à greve da Educação estadual, iniciada no último dia 5. A greve foi deflagrada em assembleia da categoria no dia 4 de março. As trabalhadoras e trabalhadores da Educação não aceitaram a proposta do governo Fátima Bezerra (PT/PCdoB) de parcelamento do reajuste do piso salarial. A categoria reivindica a implantação imediata do reajuste de 12,84% no salário e o pagamento do retroativo deste aumento em três vezes.
O governo Fátima diz que o estado está quebrado, mas continua com as mesmas políticas dos governos anteriores de privilegiar os Poderes. No início do ano ela concedeu reajuste de 16, 38% para procuradores e férias e 13º salário para os deputados estaduais. O governo não taxa as grandes fortunas e não cobra as dívidas dos grandes devedores. E não deixa de pagar a superfaturada Arena das Dunas.
Esta greve acontece sob o governo de uma professora que já foi sindicalista e que costumava lutar pelos direitos da classe trabalhadora. Desde o início de seu governo, Fátima mostra que está do lado dos ricos. Os servidores da saúde, por exemplo, ainda estão com duas folhas salariais em atraso. No início do ano passado, ela criminalizou a greve da saúde e quis mexer nas lincenças-prêmio dos servidores. E está fechando unidades e reduzindo leitos. Como se não bastasse, enviou para a Assembleia Legislativa a reforma da Previdência estadual, que ataca direitos históricos da nossa classe.
Infelizmente, o Sinte não apoiou a greve de 53 dias da saúde. O Sindsaúde foi o primeiro sindicato a se levantar contra o governo Fátima e vem sempre denunciando seus ataques. Nosso sindicato segue com seu histórico de luta e não baixa a cabeça para nenhum governo. A classe trabalhadora é uma só e é na unidade, nas ruas e nas lutas, que vamos derrotar todos que nos oprimem e exploram.
Reforçamos nosso apoio às lutadoras e lutadores da Educação. Vamos continuar lutando em defesa dos nossos direitos e dos serviços públicos. Não à reforma da Previdência de Fátima e por uma greve geral do funcionalismo público no estado.