O Sindsaúde-RN participou na manhã de hoje da Assembléia dos Terceirizados da Saúde no Estado, em frente ao Hospital Walfredo Gurgel.
Os funcionários da empresa Safe, contratada pelo Governo do Estado de forma terceirizada para atuar em hospitais da rede estadual em Natal, temem que os salários sejam atrasados mais uma vez, além dos casos de funcionários com férias a receber e outras pendências.
A assembléia, convocada pelo SIPERN, tinha o objetivo de decidir as ações da categoria caso os salários não sejam pagos no prazo previsto - o quinto dia útil do mês - e contou com a participação de cerca de 120 trabalhadores.
"O governo vem prejudicando estas pessoas socialmente. Não é apenas uma questão financeira de não poder honrar os compromissos, pagar um aluguel, uma conta. Estas pessoas pagam juros, não conseguem mais crédito bancário, ficam sem dinheiro para comprar comida. É desastroso. As terceirizações trouxeram desmoralização para as pessoas", afirma Paulo Martins, diretor do Sindsaúde-RN, que esteve presente na assembléia.
Após deliberação, foi definido pelos presentes o indicativo de greve: caso não recebam os salários refrentes ao mês de abril até a próxima quarta-feira, 08/05, será iniciada a greve da categoria no dia seguinte: quinta-feira, 09/05.
De acordo com Egidio Junior, vice-coordenador geral do Sindsaúde-RN, esta é uma questão antiga. "Já é hora de o governo parar de enxergar somente as empresas para enxergar os trabalhadores que estão sendo prejudicados por elas. O Sindsaúde apoia a categoria e estará mobilizado para esta luta, a direção estará presente na quinta-feira. É um absurdo que estes trabalhadores precisem passar por isso todos os meses. Não podemos aceitar", conclui.
O diretor do Sindsaúde, Ismael da Fonseca, aponta ainda outras questões trabalhistas que precisam ser enfrentadas. De acordo com ele, diversos trabalhadores reclamam o não pagamento de 1/3 de férias e irregularidades no depósito do fundo de garantia (FGTS).
A Safe atende 7 unidades do estado - Walfredo Gurgel, João Machado, Santa Catarina, Giselda Trigueiro, Maria Alice Fernandes, CRI e Hemonorte - mantendo mais de 800 trabalhadores na rede pública estadual.