Este é o primeiro ano em que o governo do Rio Grande do Norte não atualiza os salários dos servidores. Os trabalhadores ainda recebem R$ 998, mesmo que o salário mínimo tenha sido atualizado para R$ 1.039,00, em 1º de janeiro de 2020 e para R$ 1.045,00 em 1º de fevereiro de 2020.O Projeto de Lei que atualiza o mínimo com base no salário nacional ainda tramita na Assembleia Legislativa.
O governo Fátima Bezerra (PT/PCdoB), em vez de atualizar o salário mínimo, priorizou a reforma da Previdência estadual. Se aprovada, os aposentados e aposentadas que recebem a partir de R $ 2.500 passarão a contribuir, por exemplo, com 14%. Atualmente, sem a reforma, todos os aposentados pelo Estado que ganham abaixo do teto do INSS (R$ R$ 6.101,06, em 2020) são isentos. O texto prevê ainda alíquotas de até 16% sobre salários de ativos e aposentados. Os servidores que recebem menos serão os mais prejudicados.
Fátima mantém as mesmas políticas dos governos anteriores, penalizando os servidores e os serviços públicos. Diz que o Estado está quebrado, mas mantém os privilégios dos Poderes. Em 2019, concedeu aumento salarial aos procuradores e férias e 13º salário aos deputados estaduais.
Além disso, os servidores da saúde estão há dez anos com os salários congelados. Sofrem também com o atraso dos salários, pois ainda não receberam dezembro nem o 13º de 2018.
Apesar do salário mínimo ter sido reajustado, nós do Sindsaúde achamos que o valor é insuficiente. Os servidores não conseguem fechar as contas do mês. Defendemos pelo menos o salário mínimo estabelecido pelo Dieese que, hoje, é de R$ 3.928. Algo que, inclusive, está na Constituição, mas os de cima dão as costas.
Exigimos a atualização imediata do salário mínimo dos servidores estaduais. Reforçamos também nosso posicionamento contrário a qualquer medida que penalize as trabalhadoras e trabalhadores e que precarize os serviços públicos.