O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou os servidores públicos a “parasitas” na última sexta-feira (07), em uma palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE). Guedes alegou que, ao reivindicarem reajustes salariais em meio à crise fiscal que deixou as contas brasileiras no vermelho, os funcionários públicos parecem “parasitas” se aproveitando de um “hospedeiro que está morrendo”.
O ministro ainda defendeu a reforma administrativa, classificou a estabilidade no emprego como privilégio, afirmou que a aposentadoria é generosa e defendeu a revisão do plano de carreira do funcionalismo.
Paulo Guedes e o governo Bolsonaro querem destruir os serviços públicos, por isso, ataca os servidores. O objetivo é entregar os serviços públicos para a iniciativa privada, as chamadas organizações sociais. O problema é que essas organizações não respeitam as leis trabalhistas, não pagam em dia dos salários e ainda põe em cheque a estabilidade dos trabalhadores. O que Guedes e Bolsonaro querem mesmo é precarizar ainda mais o trabalho.
“Os serviços públicos são precarizados porque os próprios governos ao invés de investir, cortam orçamentos. Seja a nível federal, estadual e municipal, os governos aplicam uma política de sucateamento para justificar o seu fim e privatizar os serviços. É assim com a saúde, com a educação e com a segurança. Os governos não estão nem aí para os interesses da população”, declarou Flávio Gomes, diretor do Sindsaúde RN.
Nós do Sindsaúde RN repudiamos mais um ataque do governo Bolsonaro contra os servidores públicos. A fala do Ministro da Economia fere trabalhadores e trabalhadoras que dedicam suas vidas ao serviço público. Bolsonaro e seus aliados aprovaram a reforma da Previdência, agora querem aprovar a reforma administrativa que ataca diretamente nossos direitos. Não podemos aceitar!