Os servidores estaduais protestaram novamente nessa terça-feira (4), durante o segundo dia da greve de 48h contra a reforma da Previdência estadual do governo Fátima Bezerra (PT/PCdoB), na Praça Sete de Setembro, em frente à Assembleia Legislativa.O ato reuniu diversas categorias, trabalhadores da ativa, aposentados e estudantes.
As trabalhadoras e trabalhadores relataram nas falas sua insatisfação com os sucessivos ataques do governo Fátima aos servidores, sobretudo a reforma da Previdência. Flávio Gomes, coordenador geral do Sindsaúde RN, defendeu que, para barrar essa reforma, devemos organizar uma grande greve geral do funcionalismo público. Ele disse ainda que essa luta também é dos servidores municipais, pois, se essa reforma passar, ela vai descer também para os municípios.
Rosália Fernandes, da CSP-Conlutas, criticou o discurso do governo de que essa reforma é necessária e que se ela não for aprovada, o Estado quebra. “A saída é acabar com os privilégios do Judiciário e do Legislativo. Parar de pagar a Arena das Dunas, a dívida pública e cobrar os grandes devedores. Não somos nós que temos que pagar por essa crise, são os ricos!”, exclamou.
A governadora iria ler a mensagem anual aos deputados e à população nessa segunda-feira (3), mas fugiu dos servidores e não apareceu na Assembleia, que estava cercada por grades e com um reforço do aparato da Polícia Militar.
A reforma da Previdência estadual vai penalizar os servidores. A governadora pretende, por exemplo, cobrar uma taxa daqueles que já se aposentaram, reduzir o valor dos benefícios e aumentar a idade mínima para aposentadoria.
O Sindsaúde é contra a reforma da Previdência estadual e reforça que não negociará direitos. Seguiremos sempre nas lutas defendendo os servidores e os serviços públicos.