Dia 29 de janeiro é o Dia da Visibilidade Trans. Esse é um importante dia para reforçarmos a luta contra a transfobia. Esta sociedade capitalista é opressora e incapaz de garantir a vida das LGBTs, sobretudo as trabalhadoras, negras, travestis e periféricas.
O sexo biológico é o que costuma definir se a pessoa é homem ou mulher. Por exemplo, quem nasce com pênis é denominado homem e, quem nasce com vagina, mulher. Ao contrário dessa lógica, as pessoas trans não se identificam com o gênero que lhes foi designado no nascimento.
O gênero é como a pessoa se enxerga. Quando ele corresponde ao sexo biológico, a pessoa é denominada cisgênera. Quando não há essa correspondência, a pessoa é transexual.
Esse tema ainda é pouco discutido na sociedade e é alvo de estereótipos por parte da mídia e do senso comum, o que ajuda a reforçar preconceitos. O Brasil é o país que mais mata LGBTs. De janeiro a maio do ano passado, foram registradas 141 mortes, de acordo com relatório do Grupo Gay da Bahia. Quando analisamos como ocorreram essas mortes, percebemos que foi da forma mais brutal: arma de fogo, facada, espancamento, estrangulamento.
A expectativa de vida das pessoas transexuais no Brasil é de apenas 35 anos, metade da média nacional. Devido ao preconceito, são expulsas da escola e muitas não concluem o Ensino Médio. Por conseqüência, estão nos empregos mais precarizados e ganhando menos. Muitas vezes são vítimas de assédio nos locais de trabalho, pois, neste sistema, os patrões submetem as trabalhadoras e trabalhadores às condições mais degradantes, para aumentar seus lucros.
O governo de Jair Bolsonaro, declaradamente machista, racista e LGBTfóbico, oprime ainda mais as LGBTs e dá continuidade às políticas dos governos anteriores. Sua reforma da Previdência vai penalizar principalmente as LGBTs, pois estão nos empregos mais precários e muitas vezes sem carteira assinada. Aqui no Rio Grande do Norte, o governo de Fátima Bezerra pretende enviar o projeto para votação no dia 4 de fevereiro.
a CSP-Conlutas, em conjunto com diversas entidades sindicais, está convocando um seminário político e sindical, para debater a reforma. O evento acontecerá nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, no Sindicato dos Bancários. E, nos dias 3 e 4 de fevereiro, os servidores irão parar em uma greve geral de 48h, com ato público unificado na Assembleia Legislativa. É muito importante que as LGBTs trabalhadoras participem dessas atividades e fortaleçam a luta.
O Sindsaúde é contra toda forma de opressão e exploração. Neste 29 de janeiro reforçamos nosso apoio à luta das pessoas trans trabalhadoras e demais LGBTs. Vidas trans importam! Basta de transfobia!