Mais uma travesti foi assassinada em Natal, na noite desse sábado (26), na zona Norte da cidade. A vítima era conhecida como Bruna e foi baleada atrás de um caminhão que estava estacionado em frente ao Centro Clínico do Conjunto Santa Catarina.
Às vésperas do Dia da Visibilidade Trans, esse caso é mais uma expressão desta sociedade opressora que é incapaz de garantir a vida da LGBTs, sobretudo as trabalhadoras, negras, travestis e periféricas.
O Brasil é o país que mais mata LGBTs. De janeiro a maio do ano passado, foram registradas 141 mortes, de acordo com relatório do Grupo Gay da Bahia. Quando analisamos como ocorreram essas mortes, percebemos que foi da forma mais brutal: arma de fogo, facada, espancamento, estrangulamento.
Além disso, esse fato mostra a fragilidade da estrutura do Centro Clínico e a insegurança, pois a unidade não tem portão e o acesso ao pátio fica aberto. O trabalho dos servidores se torna ainda mais precarizado, pois, além de enfrentarem condições insalubres, assédio moral e falta de salário, também enfrentam a insegurança.
Na UPA da Cidade da Esperança, por exemplo, durante a madrugada do dia 13 de agosto do ano passado, um homem armado entrou na unidade e apontou a arma para uma servidora. No dia 14 desse mês, no Hospital Regional de São José de Mipibu, um carro com bandidos em fuga entrou no estacionamento do Hospital. Houve confronto com policiais e tiroteio.
O Sindsaúde é contra toda forma de opressão e exploração e exige que esse caso seja investigado e que os criminosos sejam punidos. Pela criminalização da LGBTfobia. É preciso mais políticas para combate à violência! Vidas LGBTs importam!
Exigimos também que a prefeitura de Natal não feche os olhos para a insegurança urbana que adentra as unidades de saúde. Por mais segurança nas unidades.