Os terceirizados da saúde que prestam serviço nos hospitais do estado, como Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Giselda Trigueiro, João Machado, Ruy Pereira e Maria Alice, estão sem receber seus salários. Para os trabalhadores da Safe, a situação é ainda pior, faltam receber uma parcela do 13º e o salário de dezembro de 2019. Diante dos constantes atrasos, a categoria deflagrou greve nesta quinta-feira (16), para exigir o pagamento.
Na manhã desta quinta, os terceirizados da Safe realizaram uma paralisação em frente ao hospital Walfredo Gurgel. Em nota, a Sesap declarou que o atraso no repasse se deu devido a não inscrição dos restos a pagar de 2019 e que está dando o máximo de celeridade ao processo de pagamento às empresas. “Por essa razão, a Divisão de Nutrição e Dietética (DND), deste hospital, a partir deste sábado (18), não fornecerá almoço para funcionários nem acompanhantes. No horário do jantar, será servida uma sopa.”, afirmou.
A greve atinge serviços de limpeza, lavanderia e alimentação nos hospitais da região metropolitana, com servidores da empresa Safe, Jaguari e JMT. Na manhã desta quinta, o Sindsaúde RN acompanhou o drama no hospital Walfredo Gurgel. A lavanderia se encontra com um grande acúmulo de roupa hospitalar. De acordo com a direção do Walfredo, a partir de amanhã não vai haver alimentação para os servidores e acompanhantes e nem lençóis limpos.
A falta de alimentação também irá atingir os demais hospitais do Estado. No hospital Ruy Pereira, essa situação já acontece desde terça-feira (14), quando os terceirizados da JMT entraram em greve.
O Sindsaúde RN apóia a greve dos terceirizados em defesa de seus salários e direitos e exige o pagamento imediato aos trabalhadores. “É um absurdo o atraso nos pagamentos. Além dos trabalhadores terceirizados sofrerem com a perda de direitos, rebaixamento salarial, assédio moral, aumento de doenças e o enfraquecimento da organização sindical, ainda sofrem com salários atrasados. Todo mês os trabalhadores passam por isso. Assim como a empresa, a Sesap e o governo de Fátima Bezerra têm responsabilidade sobre estes trabalhadores e devem garantir que não sejam prejudicados”, afirma Carlos Alexandre, diretor do Sindsaúde.