Os servidores da saúde de Natal já entraram no clima de greve e paralisaram o maior serviço de 24h de Natal, o Hospital Municipal. Os servidores que iniciaram a mobilização na segunda (02), fortalecem a construção de uma greve unificada para esta quinta-feira (05).
Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde resolveram dar um basta ao tratamento dado pelo prefeito Álvaro Dias e sua gestão, que se recusam a sentar com os sindicatos e sua base para negociar direitos que estão sendo negados.
Durante todo o ano, o prefeito que foi apelidado de "fujão" se esconde das investidas da categoria e até agora não deu nenhuma sinalização sobre as reivindicações da saúde. Os servidores cobram as gratificações, a aplicação da lei da Data-Base, a implantação da mudança de nível e quinquenio. Sem contar das condições de trabalho, a falta de segurança e o assédio moral das gestões e chefias.
Para a servidora da atenção básica que esteve presente no ato, o município só tapa buraco. "Se o municipio priorizasse a atenção primária, esse hospital não estaria lotado. Se a gente conseguisse fazer um pré-natal de qualidade e tivesse medicação, a Leide Morais não estava lotada. As mulheres não morriam, as crianças não morriam", delcarou.
O protesto também contou com o apoio dos usuários que prestou solidariedade à luta dos servidores. "Minha mãe passou quatro dias em cima de uma cadeira dura esperando por um leito na Upa da Cidade da Esperança. Só apareceu um leito quando ela estava perto de morrer. Não tinha nem sequer remédio de dor para ela tomar. Infelizmente ela acabou amputando a perna. Isso é uma desgraça. Esse prefeito ele tem que acordar pra vida, porque o que ele está fazendo é acabar com a vida do povo", disse a usuária.