Francisca Pires
Francisca Pires

25/07/2025, 08h


Em mais um 25 de julho, o Sindsaúde/RN ergue novamente sua voz em homenagem às mulheres negras, trabalhadoras, mães, quilombolas e profissionais da saúde. As mulheres negras seguem na linha de frente dos serviços essenciais e também da resistência. São as mais afetadas pelo desemprego, pela pobreza, pela escala 6x1, pelo racismo institucional, pelo desmonte da saúde pública e pela violência de Estado.

No Brasil, elas representam 28% da população, mas somam a maioria entre as vítimas de feminicídio, do trabalho informal e da negação de direitos. Enfrentam dupla e até tripla jornada, sem o devido reconhecimento. A data também celebra a memória de Tereza de Benguela, mulher negra que liderou o Quilombo do Quariterê por duas décadas, enfrentando o colonialismo, o racismo e a escravidão. Um símbolo de resistência que inspira as lutas de ontem e de hoje.

Por isso, neste 25 de Julho, reafirmamos: não há justiça social sem justiça racial e de gênero. É preciso combater o racismo estrutural, revogar reformas que atacam os direitos das trabalhadoras e garantir reparações históricas. Seguimos lutando lado a lado com as mulheres negras que constroem o presente e o futuro. Que o 25 de Julho nos convoque à ação permanente!