Em assembleia da categoria realizada na última sexta-feira (08), servidores e servidoras da saúde presentes aprovaram uma moção de solidariedade aos atingidos pelo crime ambiental da Vale em Brumadinho (MG), onde uma barragem de rejeitos de minério se rompeu causando dezenas de mortes e destruição do meio ambiente.
De acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais desta segunda-feira (11) subiu para 165 o número de mortes confirmadas e 160 desaparecidos.
Confira a moção de solidariedade aos atingidos e o total repúdio a mais um crime social e ambiental:
O rompimento da barragem em Brumadinho é a maior catástrofe da história do Brasil, cujos responsáveis são a empresa e os governos, que se sucederam no estado e no país. Todos eles são cúmplices do mais brutal crime social e ambiental, que visa somente o lucro de acionistas bilionários em detrimento da vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, do desenvolvimento das cidades e da preservação da natureza.
É importante reconhecer que o rompimento da barragem de Brumadinho não foi um acidente, foi um crime anunciado. Mais uma ação criminosa da empresa Vale. Ou será que esquecemos da tragédia em Mariana ocorrida há três anos?
Os crimes da Vale em Mariana e Brumadinho além de afetar trabalhadores e trabalhadoras pelos assassinatos no momento da explosão das barragens, segue pela falta de água potável, doenças, destruição de Rios e Bacias hidrográficas importantes, como o Rio Doce, Rio Paraopeba e, provavelmente o Rio São Francisco. As vítimas não podem ser contadas somente pelos corpos que os bombeiros encontram soterrados na lama – vale dizer que estes estão trabalhando incansavelmente com seus salários atrasados, assim como os servidores da saúde do Estado do Rio Grande do Norte.
Nós do Sindsaúde-RN repudiamos a violência sofrida por todos (as) os (as) atingidos (as), a impunidade e o atentado criminoso entre autoridades e empresas de mineração. E manifestamos toda nossa irrestrita e solidariedade aos atingidos (as). Quanto vale a vida? Basta!