Atuais diretores do Sindsaúde-RN, Rosália Fernandes e João Assunção, estão sendo processados injustamente por resistência e desobediência em um ato público que ocorreu no dia 27 de novembro de 2017, durante a greve da saúde que durou 100 dias, quando os mesmos se manifestavam em frente ao Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e foram duramente reprimidos pela Polícia Militar. A segunda audiência sobre o caso está marcada para o próximo dia 5 de fevereiro às 9h da manhã. A data também marca o início da Greve da Saúde, e do Ato unificado dos servidores públicos em frente a Governadoria.
Antes de tudo, deixamos claro que as acusações são arbitrárias e que a única resistência foi lutar pelos direitos dos servidores públicos, que até hoje colhem os infortúnios da má gestão do ex-governo Robinson Faria (PSD). Prestamos toda solidariedade aos diretores que bravamente lutaram em defesa da saúde, do pagamento dos salários e acima de tudo do respeito ao serviço público. Exigimos o arquivamento dos processos e que os companheiros não sejam condenados pelo ato de lutar.
RELEMBRE O CASO
Os servidores da saúde e professores da UERN participavam de um ato público em frente ao portão de acesso do Departamento Estadual de Trânsito, na sexta-feira, 27 de novembro de 2017, em solidariedade aos trabalhadores do Detran que também estavam em greve. Na ocasião, a Polícia Militar (PM) abordou os servidores de forma truculenta e agressiva, em imagens filmadas e divulgadas pelo Sindsaúde na época, é possível ver a servidora Maria do Carmo, sendo arrastada pelas duas pernas por um policial militar. Além disso, ela foi detida juntamente com Rosália Fernandes e João Assunção, e também está respondendo a um processo por desacato a autoridade.
Vale lembrar, que a agressão ocorreu três dias depois dos servidores da Saúde e da UERN serem expulsos da Secretaria de Planejamento pelo Batalhão de Choque da PM, que fez uso de bombas de gás lacrimogêneo e jatos de spay de pimenta.