Nos dias 18 e 19 aconteceram as eleições do Sindsaúde-RN para a nova diretoria estadual pleito 2019/2021 e para o Conselho Fiscal. Foram dois dias de votação em mais de 80 urnas espalhadas por todo o Estado com fiscais e mesários de cada chapa. Desde o início o processo eleitoral se deu de forma democrática e transparente, garantindo a participação das três chapas.
Três chapas disputaram as eleições: a Chapa 1 “O Sindicato somos nós, nossa força, nossa voz: Resistir e avançar nas lutas”, da maioria da atual gestão, e as outras duas de oposição: Chapa 2 “Reconstrução, união, independência e lutas” e Chapa 3 “Inovação e democratização”. Duas delas, a chapa 1 e a chapa 2, reivindicam a CSP-Conlutas e a chapa 3 teve apoio da CUT.
Quase seis mil servidores (as) participaram das eleições que elegeram, com maioria, a chapa 1. A disputa foi acirrada entre a chapa 1 e a chapa 2, mas com 356 votos de diferença, a chapa da maioria da atual gestão venceu as eleições. A Chapa 1 obteve: 2.621 (56%), a Chapa 2: 355 (2,6%) e a Chapa 3: 2.298 (36,0%).
As eleições desse ano tiveram algumas mudanças, após a atualização do Estatuto aprovado no Congresso Extraordinário em agosto. Uma das mudanças foi a aprovação da Comissão Eleitoral por proporcionalidade. A Comissão foi eleita em assembleia geral da saúde no dia 11 de outubro. Ao todo, foram 270 votos, sendo 165 para a Chapa 1 e 105 para a Chapa 2. A chapa 3 não lançou candidatos. A comissão eleita que conduziu todo o processo eleitoral foi composta por cinco membros, sendo três da Chapa 1 e dois da Chapa 2. Alguns dirigentes e ativistas de outras entidades, como permite o estatuto.
Outra mudança foi a eleição para o Conselho Fiscal que aconteceu nominalmente. Os servidores puderam votar em até quatro conselheiros, independente da chapa.
A apuração dos votos para a diretoria estadual começou na quinta-feira (20), por volta das 18h30 e se encerrou às 02h da sexta-feira (20). A apuração foi presidida por Paulo Barella, da CSP-Conlutas nacional. A apuração do Conselho Fiscal ficou para o sábado (21), elegendo os quatro conselheiros mais votados por ordem de votação: 1º Manoel Egídio (Titular), 2º Lúcia Silva, 3º Edgar Aurino (Titular) e 4º Jussirene Andrade (Suplente).
A gestão da atual direção se encerra em fevereiro de 2019. Ainda será marcado o dia da posse da chapa 1, que será a nova gestão 2019/2021 do Sindsaúde-RN. Mas já se sabe que vem muita luta pela frente para enfrentar os ataques aos direitos dos trabalhadores lançados pelo novo presidente eleito Jair Bolsonaro que quer acabar com a aposentadoria, aprovando a reforma da Previdência já no primeiro semestre de 2019, assim como, já declarou que defende modificações ou até mesmo o fim do 13º salário, férias, etc. Aqui no estado, um representante do governo de Fátima Bezerra (PT) também sinalizou que não terá como fugir do aumento de alíquota da previdenciária, um dos projetos inclusos do Pacote de Maldades de Robinson que os servidores conseguiram barrar no início desse ano.
Por isso, a nova gestão terá um grande desafio pela frente. Ser uma direção combativa, assim como foram as duas últimas gestões. “É preciso respeitar a decisão da maioria. Essa direção que vai assumir tem um grande desafio. É uma direção nova, nova enquanto direção, mas não é nova nas lutas. Porque construiu o Fora Rosalba, esteve presente na ocupação da Seplan, atos da Governadoria, derrubou grades e vetou o pacote de Maldade de Robinson. E isso nós vamos ter que fazer durante o governo de Bolsonaro e de Fátima. Vamos à luta!", declarou Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde, ao final da apuração.