Servidores e servidoras da Saúde de Parnamirim se reuniram, na manhã desta quina-feira (14), na Câmara de Vereadores da cidade para acompanhar uma audiência pública que tratou das más condições de trabalho em que se encontram os profissionais lotados nas unidades de Parnamirim e cobrar a criação de um Plano de Cargos.
Há 6 anos, a saúde de Parnamirim é enrolada pelos gestores do município que prometeram a estruturação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários. A promessa começou em 2012 com o ex-prefeito Maurício Marques e se estende até hoje com o atual chefe do Executivo local Rosano Taveira.
A categoria esteve presente na Câmara mesmo após a direção do Hospital Maternidade Divino Amor tentar impedir, de forma autoritária, os servidores de participar da audiência pública.
"É uma prática anti sindical. A alegação de trazer prejuízos ao atendimento da maternidade é mais uma falácia. Diferente da gestão, os servidores tem responsabilidade e compromisso com os pacientes e a população. Quando ocorrem mobilizações e assembleias é feito uma de modo a não trazer prejuízos ao serviço. O que traz prejuízo é a falta de condições de trabalho, medicamentos, leitos e salários defasados.", destacou Luciano Oliveira, diretor do núcleo do Sindsaúde Parnamirim.
A proibição aconteceu por meio de um comunicado escrito, divulgado nos corredores da maternidade.
Na audiência pública, o ponto mais discutido foi a criação do Plano de Cargos, uma luta histórica dos servidores da saúde de Parnamirim. Após amplo debate, foram feitos alguns encaminhamentos em relação ao processo do PCCS.
A mesa de negociação será restabelecida no intuito de recuperar o plano que foi discutido e aprovado pelos sindicatos no ano de 2016. A proposta é que até o final de junho seja publicado no Diário Oficial do município de Parnamirim os novos nomes que irão compor a mesa de negociação, para reiniciar a negociação e apresentação do Plano para ser encaminhado à Câmara de vereadores em julho e em setembro ser o prazo final de conclusão do PCCS. Diante desses encaminhamentos, os servidores já indicaram o dia 17 de setembro como um dia de luta e paralisação da categoria, para que o Plano de Cargos seja votado e aprovado na data encaminhada.