O Dia Internacional dos Trabalhadores, celebrado nesta terça-feira (1°), foi marcado por protestos em defesa dos direitos trabalhistas e que estão sendo ameaçados no Brasil e no mundo.
Em vários países, manifestações denunciaram a exploração e a opressão dos mais pobres, e repudiaram medidas como reformas trabalhistas e previdenciárias que estão sendo implementadas mundialmente pelos governos, com o único objetivo de fazer com que a classe trabalhadora pague a conta da crise.
Na França, os trabalhadores foram às ruas e enfrentaram a repressão policial. Os protestos foram contra o governo de Emannuel Macron, que quer a todo custo retirar direitos duramente conquistados.
A exigência por melhores salários e equiparação salarial entre homens e mulheres também marcaram o dia do trabalhador na Espanha, Suécia, Áustria, Dinamarca, Viena, Coreia do Sul, Filipinas, Rússia e Turquia.
1° de Maio no Brasil
No Brasil, a CSP-Conlutas participou de atos independentes dos patrões e governos e marcados pelo caráter classista e internacionalista. Os atos traziam consignas contra Reforma Trabalhista, a Lei da Terceirização e a Reforma da Previdência, a luta por moradia digna e melhores condições de vida.
Os protestos integrados pela Central não foram patrocinados por empresas e tampouco saíram na defesa de Lula. “O nosso 1º de Maio é independente, de luta, da nossa classe. Não é um ato patrocinado por nenhum patrão e nenhum político e também não vamos participar de atos que vão defender uma democracia que a gente nunca viu, que vão defender aqueles políticos que nunca olharam pra gente, porque tudo o que a gente conquistou foi na luta, foi na marra, até porque nenhum governo estava com a gente. Por isso, decidimos fazer o 1º de Maio onde estamos, aqui na ocupação”, disse Irene Maestro, dirigente do movimento Luta Popular no 1º de Maio da Ocupação Esperança, em Osasco, São Paulo.
Tragédia em SP
Esse dia de luta também foi marcado por uma tragédia em São Paulo, que ganhou dimensões nacionais. Um incêndio em um prédio ocupado na região central da capital paulista, seguido por um desabamento, desabrigou centenas de famílias, causou a morte de, pelo menos, uma pessoa e trouxe à tona a triste realidade a que muitos trabalhadores são submetidos. Reforçou a necessidade de unidade, solidariedade e luta permanente para que os direitos fundamentais como ao trabalho digno e à moradia sejam garantidos a todos.
Em nota, o movimento Luta Popular, filiado à CSP-Conlutas, se solidarizou com as famílias, com a exigência de que os governos devem dar uma resposta efetiva para resolver o problema da moradia para essas famílias e milhões de outros trabalhadores que são obrigados a se submeter a esse tipo de condição de vida.