O dia 5 de dezembro foi marcado por manifestações unificadas de trabalhadores e trabalhadoras da saúde municipal e estadual, contra atrasos no pagamento dos salários, retirada de direitos, más condições de trabalho e a reforma da previdência. O Sindsaúde-RN, filiado à CSP-Conlutas, se manteve firme na greve geral mesmo com o recuo de outras centrais sindicais.
Os servidores(as) municipais de Natal começaram o dia com um ato público, às 9h, na praça Tamandaré e seguiram em caminhada em direção à Prefeitura. Trabalhadores da saúde se manifestaram contra o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e o governo Temer, que pretende aprovar a reforma da previdência ainda este ano.
Enquanto isso, os(as) profissionais da saúde do RN e professores(as) da UERN ocupavam a antessala da presidência da Assembleia Legislativa e exigiam uma reunião com o deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB). Após o diálogo com o presidente da Assembleia, que prometeu mediar uma audiência com o governador Robinson Faria (PSD), os servidores desocuparam o prédio. Esta audiência ficou pré-agendada para o dia 15 de dezembro, já que o governador, segundo o presidente da Assembleia, está em Brasília em busca de recursos junto ao governo federal para pagar a folha dos servidores.
O “Dia Nacional de Lutas, Paralisações e Greves” seguiu pela tarde com um ato unificado dos servidores públicos em frente ao INSS. “Precisamos construir uma grande greve contra o governo Robinson Faria que vem atacando os direitos dos trabalhadores, que atrasa os nossos salários, que vem colocando nossas famílias em risco por não ter mais sequer a garantia do seu sustento, do pão de cada dia.”, apontou Manoel Egídio, Coordenador-geral do Sindsaúde-RN.
Os servidores buscam o pagamento dos salários atrasados e a retirada dos projetos do governo relacionados ao aumento da contribuição previdenciária, de 11% para 14%. A saúde do Rio Grande do Norte está em greve desde o dia 13 de novembro.
Nesta quarta-feira (06), os trabalhadores voltam à Assembleia Legislativa para uma nova reunião com o presidente da Casa a fim de confirmar a audiência do dia 15.