Não demorou para que a polícia militar à mando do governo Robinson Faria reprimisse novamente os servidores públicos em greve. Na manhã desta segunda-feira (27), servidores da saúde, professores da UERN participavam de um ato público em frente ao portão de acesso do Detran, em solidariedade aos trabalhadores do Detran que também estão em greve.
A PM de forma truculenta chegou no local da manifestação e tentou barrar o protesto. Os servidores reagiram à ação e foi aí que a violência contra os servidores começou. Em imagens feitas pelo Sindsaúde, é possível ver uma servidora sendo arrastada no chão e dois diretores do Sindsaúde sendo agredidos. Como se não bastasse a agressão, a polícia deteu Rosália Fernandes e João Assunção, ambos diretores do Sindsaúde e a servidora da saúde, Maria do Carmo. Os três foram encaminhados para a Delegacia de Plantão da Zona Sul.
Em solidariedade, o ato foi finalizado e os manifestantes fizeram uma vigília em frente à delegacia. A assessoria jurídica do sindicato acompanhou todo o processo. Os dirigentes e a servidora foram liberados após prestarem depoimento. Eles estão sendo processados e acusados por resistência e desobediência. No entanto, as imagens mostram outra versão.
A violência da polícia aconteceu apenas três dias depois da ação truculenta do Batalhão de Choque da PM que reprimiu os servidores da saúde e da UERN que ocupavam a secretaria de Planejamento. A polícia retirou as categorias debaixo de bombas de gás lacrimogêneo e jatos de spray de pimenta.
Nós do Sindsaúde repudiamos essa ação da polícia contra os servidores em greve. Sabemos que o responsável por essa truciência é o governo Robinson Faria, que acha que o único diálogo que os servidores merecem é a violência.
A luta é pelos salários em dia, é por direitos, é por dignidade!
Lutar não é crime!
Pelo arquivamento imediato do processo contra os dirigentes do Sindsaúde-RN e a servidora da saúde!
Confira o vídeo