Cerca de 4 mil servidores públicos estaduais realizaram uma manifestação unificada nesta terça-feira (24), em frente à Governadoria do estado do Rio Grande do Norte, em Natal, contra o pacote de ajuste fiscal do governo Robinson faria (PSD) e seu vice Fábio Dantas (PCdoB) e contra o atraso de salários.
Participaram do protesto servidores ativos e aposentados, trabalhadores das pastas de segurança, saúde e educação. Além disso, familiares de policiais militares também estiveram presentes no protesto em apoio. Caravanas de Mossoró, Pau dos Ferros, região de Seridó, Canguaretama, São José de Mipibu se somaram ao Dia Estadual de Paralisação e Luta. O servidores da saúde estiveram em pedo na manifestação. Em algumas unidades de saúde, como o CRI, fechou 100% os serviços e o atendimento.
Cerca de 500 Policiais Militares aderiram à paralisação e saíram em caminhada do Alecrim até a Governadoria, onde se somaram à manifestação. Concursados da PM que se encontravam acampados em uma tenda, também participaram do protesto. Os aprovados reivindicam a convocação dos 829 aprovados no concurso de 2010.
O dia foi marcado com muitas falas de entidades e de trabalhadores revoltados com a situação. Várias palavras de ordem foram entoadas, como: “Robinson, eu quero ver, com o meu salário você sobreviver” e “Governador, que papelão, vai pra Roma viajar, enquanto o povo se quer tem o pão”.
Diversas entidades fizeram falas pela necessidade de se construir a Greve Geral no estado e no País, no dia 10 de novembro.
Para Rosália Fernandes do Sindsaúde-RN, a unidade é necessária para enfrentar o grande inimigo que é o capitalismo, o imperialismo e os governos.
“Robinson, está aplicando na medida a reforma trabalhista que foi aprovada no congresso e no governo Temer. Esse movimento tem que crescer e temos que fazer como fizemos em 2011, fazer uma greve geral do funcionalismo público do estado. Nós queremos a retirada de todos os projetos, queremos nossos salários em dia, nós não queremos as nossas crianças fora das escolas, não queremos as pessoas assassinadas por falta de segurança pública e nem mortas nos corredores dos hospitais por falta de leitos e medicamentos. A unidade dos trabalhadores mostrou que só através da luta é possível derrubar esses ataques. O ato unificado abre caminho para a construção de uma nova greve geral, no dia 10 de novembro.
Reunião
Durante a manifestação, uma comissão de entidades sindicais e associações, que compõem o Fórum de Servidores Estaduais, tentou uma reunião com a chefe de Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha. Após muita cobrança e pressão, a equipe do governo recebeu os representantes sindicais às 15h. Uma boa parte dos servidores permaneceram aguardando o resultado da reunião.
Na reunião, o Fórum dos Servidores solicitou uma audiência imediata com o governador, que na ocasião se encontrava na região do Seridó. No entanto, a Chefe de Gabinete afirmou não estar conseguindo contato direto com o Governador, mas que se comprometeria a garantir a reunião em caráter de urgência.
Como sempre, o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira repetiu o que de costume nas audiências, que não há previsão para regularização da folha de pagamento e que o estado está quebrado.
Diante disso, o Fórum dos Servidores já convocou uma nova reunião, na próxima quinta-feira (26), para avaliar o ato de ontem e encaminhar os próximos passos.
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