Em agosto, os membros do Conselho Previdenciário do RN foram surpreendidos pelo presidente do Ipern, José Marlúcio Diógenes Paiva, que proibiu o uso da estrutura do órgão para suas reuniões.
Impossibilitados de desempenharem suas funções, os representantes entraram em contato com Tatiana Mendes Cunha, Secretária Chefe do Gabinete Civil do Estado, que ligou para José Marlúcio. O presidente enfatizou que no Ipern não há lugar para o Conselho.
Diante da situação, o Conselho foi obrigado a organizar sua reunião na sala do Gabinete Civil.
“É um absurdo o que está acontecendo. O Conselho sair desmoralizado, escorraçado do órgão de origem, que é o Ipern, onde todos os setores e documentos se encontram disponíveis, inclusive, servidores para quaisquer outros esclarecimentos durante uma reunião?” questiona Romildo Pompêu de Queirós, servidor aposentado do Ipern.
Neste ano, em outras atitudes arbitrárias o Governo do Estado, a pedido do presidente do Ipern, já havia removido o assessor jurídico Nereu Batista Linhares do instituto, transferindo-o para a Secretaria de Educação. E também atrasou, por 14 meses, a publicação dos nomes dos integrantes do conselho.
SAIBA MAIS
O Conselho Estadual de Previdência Social (CEPS) é formado por representantes dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, Ministério Público, servidores ativos, aposentados e pensionistas e representantes militares da ativa e da reserva remunerada. Três dos conselheiros são indicados pelos sindicatos dos servidores do Estado. O Conselho fiscaliza a Previdência do Estado. Os representantes se reúnem para discutir análises processuais, atas, despachos, pareceres, ofícios e outras atividades relacionadas.