Na última quinta-feira (24), o Sindsaúde participou de uma reunião com o Grupo Operativo do TAC no Hospital Regional de Canguaretama. Na reunião, esteve presente visita a Sesap, o coordenador da COHUR, a sub-coordenadora da Cohur, a coordenadora do setor de Atenção Básica, uma representante do Ministério Público, a coordenadora da I Ursap, a secretária municipal de Saúde, o diretor do hospital e representantes do Conselho Municipal de Saúde.
A reunião iniciou com uma apresentação do coordenador da COHUR, Carlos Eduardo, que fez uma explanação sobre o TAC, justificando que a intenção do Termos de Ajustamento de Conduta não é o fechamento dos sete hospitais, mas a “realização deum estudo que aponte as necessidades da região no que diz respeito a prestação de serviço de saúde”.
Vários representantes falaram durante a reunião, alguns servidores como a coordenadora de Enfermagem e a Assistente Social do hospital, defenderam e apresentaram vários elementos que apontam a necessidade de continuidade dos serviços do hospital para atendimento à população da região.
O Sindsaúde-RN, representado pelo coordenador-geral, Manoel Egídio Jr., reforçou a posição do sindicato, que é de investir nos hospitais do interior e não fechar as portas, como o TAC sinaliza fazer.
“A Sesap e o ministério Público declararam que o objetivo do TAC não é fechar hospital, mas sim, em transformar em UPA, UBS ou POLICLÍNICA. Mas na realidade, isso se caracteriza sim em fechar o hospital, visto que as atividades e atribuições destes serviços são diferentes das atividades hospitalares, e que isso poderia trazer prejuízos aos servidores, pois a transformação levaria as unidades a serem de responsabilidade do município, o qual, não irá se responsabilizar em manter os direitos que os servidores têm por serem do estado e atuarem em unidade 24”, disse Egídio.
Após a reunião, uma comissão seguiu para visitar os setores do hospital de Canguaretama, e outra foi visitar algumas unidades básicas. O Sindsaúde acompanhou a visita aos setores do hospital e comprovou que apesar da falta de manutenção, do sucateamento e do desabastecimento por parte do governo de Robinson Faria, o hospital vem funcionando, e realizando diversos atendimentos de urgência e de internamentos hospitalares nas especialidades de Clínica Médica, Clinica Cirúrgica e Pediatria.
“Na visita nos deparamos com um paciente entubado, em ventilação mecânica, na sala de estabilização já há quatro dias, aguardando que a regulação do estado liberasse uma vaga em UTI. Comprovamos a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos, como Herniorrafia, colecistectomia, histerectomia, etc. É nítido o descaso do estado com o serviço, presenciamos enfermarias desativadas por falta de leitos, sala de parto desativada, serviço de esterilização sem autoclave, o qual foi remanejado para o hospital de São José de Mipibu, assim como o aparelho de RX. A impressão que dá, é que o governo vem esvaziando os hospitais aos poucos para justificar esse TAC”, finalizou Egídio.