Após liberar R$ 2,1 bilhões em emendas, Temer escapou de ser investigado por corrupção. Ao todo, 263 deputados – inclusive cinco do RN – ignoraram a mala de dinheiro e livraram a cara do presidente, que segue atacando, mesmo em uma crise política. A votação ocorreu poucas semanas após aprovarem a reforma trabalhista, que retira direitos históricos.
Agora, o governo quer votar a reforma política e a da Previdência, a que enfrenta maior resistência. O ministro Henrique Meirelles afirmou que a reforma será concluída em outubro. A PEC 287 precisa de 308 votos para avançar ao Senado.
A proposta aumenta a idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) e o tempo mínimo de contribuição. E a aposentadoria integral viria só após 40 anos de contribuição.
Para Paulo Barela, da CSP-Conlutas, os trabalhadores precisam se preparar para duras batalhas. “Fazemos um chamado às centrais. Se, de fato, estão contra Temer e a favor de derrubar as reformas, que venham construir a mobilização direta, nas ruas. É preciso manter a unidade, retomar as mobilizações e organizar uma nova Greve Geral para botar pra fora Temer, revogar as medidas e barrar a reforma”, concluiu.
[ Com informações da CSP-Conlutas Nacional ]