Na sexta-feira (14), cerca de três mil pessoas participaram de um grande protesto contra o fechamento do Hospital Regional de Canguaretama. O protesto reuniu moradores da cidade e de municípios vizinhos, com destaque para estudantes do IFRN, servidores municipais e servidores da saúde. A Prefeitura liberou os servidores a partir das 13h. A maioria dos participantes usava preto, de luto pelo hospital.
O Sindsaúde participou da organização e da condução do ato e levou uma caravana de servidores de Natal. O ato saiu da Praça do Cruzeiro e percorreu um longo trajeto, encerrando em frente à Igreja e ao Mercado Municipal. No caminho, foram feitas paradas em frente ao hospital e ao Ministério Público.
“Eu estou aqui pela população, não como servidora. O Hospital não pode fechar. Não tem vagas. Para onde esse povo vai?”, questiona uma servidora que trabalha há trinta anos no hospital de Canguaretama.
Um dos organizadores contou como foi preparado o ato. “Fizemos uma reunião com apenas 12 pessoas na semana passada para organizar o ato e conseguimos reunir toda essa gente. Está bonito demais”, comemorou.
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O coordenador-geral do Sindsaúde, Manoel Egídio, falou no encerramento do ato, destacou a importância das prefeituras estarem ao lado do povo nesse momento, e chamou a continuidade dos protestos.
Pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) aprovado pelo governo e Ministério Público, sete hospitais regionais podem ser municipalizados em até 120 dias: Acari, Apodi, Angicos, Canguaretama, Caraúbas, João Câmara e São Paulo do Potengi. A decisão provocou protestos em várias cidades, como Apodi, Angicos e Canguaretama. Os próximos atos estão marcados para o dia 19 (Apodi) e 20 (Caraúbas). O Sindsaúde defende um dia estadual unificado de luta e a criação de uma frente em defesa dos hospitais regionais.
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12/07/17 - Não ao fechamento dos hospitais do interior. Nenhum hospital a menos!