O dia 28 de abril de 2017 entrou para a história do Rio Grande do Norte do Brasil. Quase 30 anos depois da última greve geral no País, que ocorreu em 1989, milhões de trabalhadores (as) cruzaram os braços parando a produção de diversos setores e foram às ruas, sendo de fato, a maior greve geral que ocorreu no Brasil.
Em Natal, a greve geral contou com a paralisação dos servidores da saúde do município e do Estado, trabalhadores dos transportes como os rodoviários e ferroviários, operários e operárias da fábrica Guararapes, bancários, professores, servidores federais, uma parte do comércio, e tantas outras categorias.
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Na parte da manhã, os servidores da saúde se concentraram em frente ao hospital Walfredo Gurgel, que contou com uma programação política-cultural pra lá de animada, com música, poesia e protesto. Ainda, os servidores do hospital Santa Catarina realizaram um ato público em frente ao hospital em protesto as condições de trabalho e depois seguiram para o Walfredo Gurgel se somando aos demais servidores da saúde.
À tarde, cerca de 70 mil pessoas, entre trabalhadores e estudantes, foram às ruas de Natal, contra as reformas da Previdência, Trabalhista, a Terceirização e o governo Temer. Os manifestantes se concentraram no cruzamento das Avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira e saíram em direção à Praça Cívica, no centro de Natal. O protesto também seguiu até o apartamento do deputado federal Rogério Marinho (PSDB), relator da reforma trabalhista, que flexibiliza a CLT e permite o fim de direitos históricos, como 13º e férias.
Em outras cidades do Rio Grande do Norte também ocorreram protestos contra a reforma da Previdência e Trabalhista e a Terceirização
Mossoró
Em Mossoró, mais de cinco mil trabalhadores e jovens desceram o Alto São Manoel contra aa reforma da Previdência e Trabalhista, e a Lei da Terceirização, no maior ato popular que Mossoró já viu. O protesto foi convocado pelo Fórum dos Servidores do Oeste Potiguar e conseguiu canalizar a indignação popular contra o atual governo Temer e suas reformas neoliberais.
Pela manhã, os servidores da saúde participaram de um ato público no Hospital Tarcísio Maia. A adesão à greve na saúde foi ampla, paralisando os serviços na sede administrativa da saúde - II URSAP, Unicat, Laboratório Regional de Mossoró, Citopatologia, Hospital Tarcísio Maia, Hospital Rafael Fernandes, e as Unidades Básicas de Saúde.
Pau dos Ferros
Cerca de mil e quinhentas pessoas participaram de um ato que saiu pelas principais ruas da cidade.
É preciso avançar na luta!
O dia 28 de abril mostrou que os trabalhadores e a juventude tem força para barrar essas reformas. Mostrou que a unidade é importante para derrotar todos esses ataques do governo Temer e do Congresso Nacional. Após muitos anos da última greve geral e depois muita pressão de suas bases, as Centrais construíram uma Greve Geral vitoriosa, que fortaleceu a luta dos trabalhadores contra as reformas, enfraquecendo ainda mais o governo Temer e seus aliados.
No entanto, é preciso avançar. Talvez essa seja a primeira Greve Geral de muitas que possam vir. E para isso, as centrais sindicais e os movimentos sociais e populares devem dar continuidade à mobilização, para que surjam novos dias de luta e greves gerais de mais dias. Não há mais desculpa, já foi comprovado que é possível construir Greve Geral no país, a classe trabalhadora está disposta à lutar. É preciso incentivar o espirito de luta e para continuar avançando, é fundamental fortalecer os comitês de base contra as reformas, e construir aonde ainda não tem. É preciso ir adiante, derrubar de vez essas reformas, não aceitar qualquer negociação e botar pra fora Temer e esse Congresso de corruptos.