Nesta quinta-feira (06), trabalhadores argentinos do setor de transporte, indústria, bancos, educação entre outros aderiram à greve geral no país. De acordo com informações da mídia internacional, vôos foram cancelados, o transporte público também parou, ruas foram bloqueadas, apesar do forte policiamento tentando impedir travamentos e passeatas.
O protesto dos trabalhadores no país vizinho acontece três semanas antes da Greve Geral no Brasil contra as reformas da Previdência e trabalhista, marcada para 28 de abril. Assim como os brasileiros, os argentinos também amargam políticas de arrocho e retirada de direitos.
A Greve Geral é contra a política econômica do presidente Maurício Macri que impõe à população desemprego, inflação elevada, cortes nos salários do funcionalismo e nos benefícios sociais, entre outros ataques.
Na Argentina, assim como no Brasil, nos últimos meses, protestos, principalmente de de professores da rede pública, mas também de desempregados, têm sido recorrentes e a Greve Geral foi o ápice desta indignação.
O governo do presidente Maurício Macri impôs um teto de 18% no reajuste salarial dos professores da província de Buenos Aires. Apesar de uma leve queda nos índices de desemprego no país (caiu de 9,3% para 7,6%), pesquisas mostram que grande parte da queda se deve à desistência de muitos argentinos de procurar um emprego formal.
A inflação chegou a 41% em 2016 e mais de 13 milhões de pessoas estavam na condição de pobreza, segundo pesquisa da Universidad Catolica Argentina.
Essa greve surgiu por pressão das bases já que as centrais sindicais ainda optavam por dialogar com o governo e não radicalizar as ações.
Com informações do Sintrajud