Todo mês, o servidor é descontado no contracheque e uma parte do salário vai para o NatalPrev, depositado em um fundo previdenciário. A Prefeitura também tem que depositar a parte dela todo mês no fundo, no dobro do que é descontado do servidor. Estes são os recursos que garantem o fundo previdenciário e irão garantir as nossas aposentadorias.
Só que desde novembro de 2015 o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) simplesmente não deposita a parte do governo. Em janeiro de 2016, ele parou de depositar até mesmo a parte do que é descontado do nosso contracheque. Em 18 meses, o rombo chegou a R$ 78 milhões, superior até ao que foi deixado pela ex-prefeita Micarla de Souza (PV), de R$ 52 milhões.
A manobra foi denunciada pelos vereadores de oposição na Câmara e as planilhas só foram divulgadas depois que a vereadora Natália Bonavides (PT) entrou na Justiça. O vereador Sandro Pimentel acusou o governo de improbidade administrativa, já que o prefeito usou os recursos do fundo previdenciário em um ano eleitoral. Na sexta-feira (31), a prefeitura depositou mais de R$ 20 milhões ao fundo previdenciário, como parte da dívida, e ainda teve que pagar R$ 1,4 milhão em multas, pelo atraso. No mesmo dia, Carlos Eduardo assinou uma Confissão de Débitos Previdenciários e um acordo com a Previdência (CadPrev), no qual se compromete a devolver o restante da dívida - R$ 55 milhões – em 60 parcelas, sendo a primeira a ser paga no final de abril, no valor de R$ 919 mil.
Na Câmara, no dia 04, os representantes do governo e vereadores da situação limitaram-se a culpar a crise econômica pela ausência dos depósitos no fundo previdenciário. Nesta quarta-feira (05), os servidores da saúde municipal realizaram uma assembleia e depois participaram da audiência pública sobre a situação da previdência municipal e a proposta de autorização para o saque de R$ 204 milhões, a ser pago após 18 anos.
Clique aqui para ver as planilhas (via Carta Potiguar)
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