Nesta quinta-feira (12), por volta das 10h, os servidores de Natal desocuparam a sede da Secretaria Municipal de Administração (Semad). A saída foi marcada por protestos contra os ataques que o prefeito Carlos Eduardo Alves fez contra a ocupação nos últimos dias. “Prefeito baderneiro, cadê o meu dinheiro”, cantaram os manifestantes. O prefeito havia chamado os servidores de baderneiros desqualificados, pelo twitter.
Cada um dos manifestantes que deixava o prédio saía debaixo de aplausos. “Ô prefeito, pode esperar. Se atrasar, a gente vai voltar”, cantaram os servidores. O sentimento era de vitória, por ter construído uma ocupação forte, que recolocou a greve na pauta da cidade, e que superou as tentativas de ataques do prefeito, incluindo o pedido de reintegração de posse na Justiça e o corte do fornecimento de água durante esta madrugada.
“O que estamos reivindicando são os nossos direitos. Estamos em uma luta em que deveria todo o país estar em uma greve geral pra enfrentar os ataques dos governos. Estamos pedindo o direito de receber o nosso pagamento de acordo com a Lei Orgânica, queremos a mesa de negociação, queremos transparência nas contas da prefeitura e na folha de pagamento. A greve continua!”, afirmou Célia Dantas, do Sindsaúde-RN
Após a saída do grupo, uma comissão formada por representantes de cada sindicato e da prefeitura, incluindo o controlador-geral, percorreu cada um dos andares do prédio, em uma vistoria. A comissão verificou que nada foi danificado ou retirado do prédio e um um termo de inspeção foi assinado por todos. Só então o prédio foi oficialmente desocupado e entregue.
O Sindsaúde e os outros sindicatos que participam da greve unificada (Sinsenat, Sindguardas, Sindern, Soern) farão assembleias específicas nesta sexta-feira (13). A do Sindsaúde está marcada para às 08h, no auditório do sindicato (Av. Rio Branco). Após a rodada de assembleias específicas, haverá uma assembleia unificada na terça-feira (17), no Sinsenat.
Leia a nota unificada sobre a ocupação
Leia a nota do Sindsaúde em resposta ao prefeito