Na terça-feira (29), os servidores do hospital Giselda Trigueiro participaram de uma reunião com o Sindsaúde e o secretário de Saúde, George Antunes, para discutir a situação do hospital que se encontra praticamente com as portas fechadas. E uma das perguntas mais feitas ao secretário foi: “como manter o hospital aberto?”.
Na ocasião, os servidores relataram a crise de desabastecimento de medicamentos, a falta de alimentação para servidores e acompanhantes, o déficit de profissionais da nutrição e da enfermagem e a higienização, que hoje se encontra com apenas quatro profissionais para todo o hospital.
Segundo o secretário, foi feito um contrato emergencial com a empresa terceirizada JMT, que presta serviços de higienização, com a contratação de dez funcionários para começar o expediente nesta quarta-feira (30).
Para o membro Conselho Estadual de Saúde, é preocupante a situação em que o Giselda Trigueiro se encontra.
“Esse profissionais são preparados? vai vir material adequado para a higienização? Porque eu presenciei há alguns dias, que estavam fazendo a higienização com detergente neutro, e eu que não são sou profissional da área sei que não é material necessário para fazer higienização de uma área infectada, ainda mais em unidade como essa a serviço de tratar doenças transmissíveis”, disse.
Sobre a situação da alimentação, George Antunes garantiu que o pagamento com os fornecedores está sendo regularizado e que não falta mais alimentos. No entanto, o problema do Giselda é o déficit de profissionais da nutrição que não tem como fazer as refeições. O secretário não declarou qualquer solução em relação a isso, pois depende do contrato para resolver.
Os servidores questionaram a falta de medicamentos e insumos e denunciou que até o momento não tinham realizado a troca de curativo dos pacientes por falta de gaze e esparadrapo.
O secretário de saúde afirmou que estava resolvendo a situação com os fornecedores e que a gestão do hospital tinha autonomia para solicitar a compra dos medicamentos.
Para o gestor de enfermagem, os enfermeiros estão em greve não só pelo atraso de salários, mas porque os profissionais estão adoecendo, estão sem alimentação, sem higienização e sobrecarregados. O Giselda Trigueiro tem um déficit de 23 enfermeiros, além dos técnicos.