Nesta sexta-feira (25), aconteceu mais um dia de luta em Natal e em diversas cidades do País. O Dia Nacional de Protestos, Paralisações e Greves marcou a jornada de lutas construída por diversas centrais sindicais em unidade para enfrentar as medidas de Temer e seus aliados. O protesto é também contra o atraso de salários e o parcelamento do pagamento do governo Robinson Faria e do prefeito Carlos Eduardo. Em Natal, o ato se concentrou em frente ao Midway e saiu em caminhada em direção a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), que foi ocupada logo cedo por movimentos sociais, estudantis e rurais.
O ato foi finalizado com as falas de entidades sindicais e partidos políticos em frente à Fiern, que foi desocupada logo após.
O dia 25 de novembro marca também uma data muito importante para a luta das mulheres. É o Dia Internacional de Luta Contra a Violência às Mulheres. Infelizmente a violência contra as mulheres é um mal que continua crescendo na sociedade machista que vivemos. A cada 10 segundos uma mulher é vítima no Brasil, no caminho do trabalho, na universidade ou dentro de suas casas. A cada duas horas uma mulher é morta no Brasil. Segundo o último levantamento do Mapa da Violência de 2015, o RN é o 5º estado com mais registros de violência contra a mulher.
Mas a violência contra as mulheres também tem outra face, a face dos governos que ao deferir os ataques à classe trabalhadora, com medidas que retiram direitos, atacam as mulheres, em especial as mulheres negras. Com a reforma da previdência, por exemplo, o governo Temer pretende igualar o tempo de contribuição para a aposentadoria entre homens e mulheres em 35 anos. Atualmente, as mulheres contribuem 30 anos. O tempo menor de contribuição leva em consideração a dupla jornada que as mulheres trabalhadoras são obrigadas a enfrentar diariamente, e que, com a aprovação dessa reforma, só vai se intensificar. Além disso, a reforma aumenta a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 60 para 65 anos de idade.
O governo Temer pretende resolver essa crise econômica retirando importantes direitos trabalhistas e sociais para salvar a pele dos ricos empresários. Porém, mesmo com essa série de ataques, os trabalhadores vêm resistindo e enfrentando os governos com muita luta. E as mulheres vêm protagonizando várias dessas lutas. Na categoria da saúde, as mulheres são a maioria e é por isso que nesse dia de luta passa também por combater a violência machista e a política dos governos que transferem a conta da crise aos ombros dos trabalhadores.
Todas essas iniciativas de luta são para conduzir a preparação de uma Greve Geral em todo o país para derrotar os projetos do governo Temer e todos os políticos corruptos. Só com uma greve geral e a unidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras é possível barrar os ataques.