No dia 08 de novembro, os servidores do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, cruzaram os braços e fizeram um ato público exigindo segurança, com ampla cobertura da imprensa. O hospital estava há três meses sem nenhum segurança. O controle da portaria era feito por um maqueiro. Durante à noite, o acesso era completamente liberado e os servidores trabalhavam com medo.
Neste período, acumularam-se casos de agressões verbais e físicas, inclusive com uso de facas. E também casos de assédio sexual contra servidoras, com comentários machistas vindo de acompanhantes e pacientes.
Depois de diversas denúncias junto à Sesap e de protestos, os servidores resolveram pressionar a direção. Eles foram para o hall de entrada da sala da diretora, cobrando respostas. Cerca de 30 servidores, de diversas áreas do hospital, foram recebidos em um reunião com a diretora e a diretora administrativa do Deoclécio, que disseram não ter o que fazer. Eles denunciaram ainda o assédio da direção, que pressionou a equipe da UTI para reduzir a adesão ao movimento.
Servidora do hospital Deoclécio Marques denuncia assédio e ame...Veja o depoimento de uma servidora para a direção do hospital, cobrando respeito, diante dos casos de assédio, agressões e ameaças no hospital.
Publicado por Sindsaúde-RN em Terça, 8 de novembro de 2016
No final, os servidores decidiram ficar em greve, só encerrando com uma resposta positiva. Eles voltaram para o corredor da direção e a diretora foi para a Sesap, para uma reunião com o secretário, que afirmou que uma licitação estava em curso, selecionando a empresa de segurança.
Por volta das 16h, os servidores fizeram uma contra-proposta, de que fosse garantido a segurança no período noturno, o mais crítico, até que fosse concluída a licitação. A Sesap conseguiu um segurança, que iniciou no mesmo dia a vigilância noturna.
“Tivemos uma vitória parcial, mas importante, porque estávamos há três meses aqui sem vigilância. Isso só foi possível porque nos mobilizamos e acampamos aqui na direção. Esse é o caminho”, afirma João Assunção, diretor do Sindsaúde.
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