No dia 26 de setembro, o Sindsaúde realizou uma reunião no hospital Dr. Ruy Pereira dos Santos com os servidores. Na ocasião, a diretora Lidianny Ferraz, interrompeu a reunião alegando não ter sido comunicada sobre a presença do sindicato dentro do Hospital. Apesar de o auditório ter sido previamente agendado no setor competente, ela insistiu afirmando que, por ser trabalhadora, também tinha o direito de tomar ciência das pautas discutidas.
José Almeida, diretor do Sindsaúde que acompanhava a reunião, afirmou ter avisado à direção e que não concordava com a forma como a mesma estava se impondo. Ele explicou que é comum o sindicato realizar esse tipo de reunião e que as reivindicações discutidas seriam enviadas a posteriori para a direção.
Durante a conversa, a diretora Administrativa perdeu a compostura quando José afirmou que a mesma era parte integrante do Governo, e não uma trabalhadora comum, visto que assumia um cargo de confiança. Ela negou dizendo que não era governo, que não tinha nada a ver com Robinson Faria e que não recebia gratificação de chefia, mesmo estando em um cargo de direção.
“Eu não tô tendo nenhum privilégio dado pelo senhor Robinson Faria. A gente só tá tendo cada dia mais prejuízo com este governo incompetente e negligente que tá aí. Agora não venha culpar a nova direção por esse caos que está instaurado. Aí sim, tem que culpar o governo. Sou uma colaboradora, funcionária pública, vim pra defender os interesses do hospital, dos pacientes e dos servidores. Não devo satisfação a político nenhum não, nem favor, graças a Deus. Nem votar neles eu voto”, disse.
No momento do desabafo, alguém gravou a fala de Lidianny, e o depoimento acabou parando nas redes sociais. No dia seguinte, os diretores do Ruy Pereira foram exonerados dos cargos, conforme divulgação no Diário Oficial do dia 27 de setembro.
Os servidores do Ruy Pereira comemoram a notícia da exoneração do Jaime César, o qual tem um histórico bem conhecido como assediador dos servidores da saúde. Em 2015 também foi exonerado de seu cargo quando fazia parte da gestão do hospital Dr. José Pedro Bezerra (o Hospital Santa Catarina), após uma campanha chamada “Fora Jaime César”.