Nesta terça-feira (20), segundo servidores da saúde, cerca de 104 pessoas recebem atendimento em macas nos corredores do maior complexo hospitalar do Rio Grande do Norte. A situação se repete diariamente e não existe previsão de ampliação da unidade ou estrutura para a redistribuição de pacientes, por parte do Governo do Estado.
Em um ambiente insalubre, superlotado e mal refrigerado, a população aguarda semanas por tratamento e cirurgias para suas enfermidades. Para Manoel Egídio, coordenador-geral do Sindsaúde-RN e enfermeiro do Walfredo, "os servidores da saúde fazem o que podem, mesmo sem condições mínimas de trabalho, com seus salários atrasados e com a recorrente falta de insumos e medicamentos básicos".
Na segunda-feira (19), uma idosa de 91 anos aguardava no corredor há 17 dias por uma cirurgia de fêmur. No mesmo dia, o Corredometro-RN contabilizou 190 pacientes nos corredores dos maiores hospitais do estado. No Walfredo Gurgel haviam 133 pessoas, representando 70% do total.
Desde junho de 2015, a partir da greve dos servidores da saúde estadual, o Sindsaúde realiza o Corredômetro, contagem semanal de pacientes em macas nos corredores e em outros setores dos quatro maiores hospitais do estado, denunciando a situação existente.