A partir desta quinta-feira (25), o maior hospital do Rio Grande do Norte não fornecerá alimentação aos servidores e acompanhantes dos pacientes. Diante desta realidade, servidores e acompanhantes realizaram um ato em frente ao Walfredo Gurgel para denunciar a irresponsabilidade e descaso da Sesap e do governo Robinson Faria.
O motivo da pausa dos fornecedores de alimentos é o atraso nos pagamentos por parte da Secretária de Saúde Pública (Sesap). Na quarta-feira (24), os cozinheiros tiraram dinheiro do próprio bolso para comprar o que estava faltando para o almoço e a janta.
Além da falta de alimentação, outras situações também são absurdas e diárias dentro do Walfredo Gurgel. Hoje, havia a falta de medicamentos como dipirona, cerca de 67 pacientes recebendo em macas nos corredores do hospital e oito ambulâncias paradas, com macas retidas.
Para Simone Dutra, do Sindsaúde, os servidores já enfrentam um dia árduo sem condições de trabalho e prestam atendimento em estruturas precárias. “A Sesap e o governo precisam dar explicações aos trabalhadores, pois trabalhamos em péssimas condições, estamos sem segurança porque os vigilantes também não receberam seus salários. Lamentável que a saúde seja tratada dessa forma. É inadmissível que os servidores trabalhem sem se alimentar”, disse Simone.
O Hospital Giselda Trigueiro também passa pela mesma situação. Os terceirizados da empresa Safe que prestam serviço no setor da nutrição no Giselda entraram em greve na quarta-feira (24), por falta de pagamento e salários atrasados. Por isso, servidores e acompanhantes também não receberão alimentação, sendo garantida apenas as refeições dos pacientes.