Na manhã desta segunda-feira, o prédio da Secretaria Estadual de Saúde Pública foi tomado por manifestantes que pediram a saída da atual secretária de Saúde, Eulália de Albuquerque. O protesto unificou os vigilantes da empresa Garra, em greve para receber salários; servidores do prédio da Sesap, que estão sendo alvo de perseguição e trabalham em um edifício que ameaça cair, e servidores de outras unidades e hospitais, que suspenderam a greve na sexta-feira, mas prometem voltar com a greve, caso o governo não atenda a pauta na audiência do dia 27 de julho.
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Os servidores da saúde praticamente pararam o trabalho, para participar do ato. O clima na Sesap é de indignação com a atual gestão, com denúncias de assédio moral, de ingerência política e de perseguição. Uma das servidoras ameaçadas de transferência, Marcia Pellenze, tomou a palavra e denunciou a secretária. Na semana passada, ela havia lido uma carta na reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES), com a denúncia de que seu nome fazia parte de uma lista com servidores que atuaram na gestão passada e que seriam transferidos.
Na carta, ela denuncia a transferência sem justificativa e denuncia: “De forma alguma podemos aceitar indicações políticas para ocupar cargos na gestão, sem a mínima qualificação técnica para isso. Não podemos ficar de braços cruzados assistindo ao sucateamento do SUS por puros interesses político-partidários”, afirma.
Todos pedem a saída da secretária de Saúde. Os servidores viram uma gestão que se negou a negociar com o sindicato e que já preparava uma lista com nomes de grevistas para cortar o ponto, o que não ocorreu por conta da Justiça. No Deoclécio Marques, servidores sofrem com o assédio moral, a quarteirização da mão de obra e com a ingerência política.
FORA EULÁLIA! FORA DENISE!
Por volta das 11h, os manifestantes, com os vigilantes a frente, subiram os oito andares das escadas até o gabinete da secretaria, com apitos e cornetas. No oitavo andar, em frente à sala da secretária Eulália e da subsecretária Denise Aragão, fizeram um grande apitaço e cantaram palavras de protesto. Em seguida, eles retornaram ao saguão do prédio.