Os servidores da saúde em greve há 22 dias, participaram da reunião do Conselho Estadual de Saúde na manhã desta quarta-feira (13). A reunião que contou com a participação de representantes do Sindsaúde, do Sindicato dos Enfermeiros e o Sindicato do Odontólogos, lotou o auditório da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
A mesa inicial discutiu a transferência arbitrária de algumas servidoras da Sesap, que sem justificativa, foram comunicadas informalmente.
Nas falas das servidoras, o sentimento de revolta saltava e a indignação com a forma desrespeitosa da gestão: “É muito triste sofrer assédio moral, só quem sofre sente como é ruim. Não estamos reivindicando nossos cargos de volta, mas o respeito e o direito de estarmos trabalhando em nosso local de trabalho. Essa perseguição começou porque nós não aceitamos compactuar com as coisas erradas que estavamos presenciando por parte da gestão”, disse Márcia.
Simone Dutra, do Sindsaúde, se solidarizou com as servidoras e afirmou que essa ação cometida pela gestão é arbitrária e deve ser denunciada.
“Isso demonstra que a política adotada por essa gestão é uma política que tem o critério eleitoreiro, que despreza a questão técnica e profissional e dá uma marcha à ré no sentido da luta para que a saúde seja que os gestores estejam a frente da elaboração e da condição da saúde sejam cargos técnicos capacitados e não com indicação política. E eu quero aproveitar para dizer que a direção do sindicato coloca todo o seu esforço político no sentido de ajudar as companheiros e todos os companheiros que estejam passando por isso”, disse Simone.
A reunião tem continuidade na parte da tarde, e discutirá a administração de alguns hospitais do interior pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Mas uma vez, os servidores da saúde em greve acompanharão a discussão.